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quinta-feira, 23 de julho de 2015

POESIA

"Troças"
Sérgio Santeiro

A alma do capitalismo não é executar a dívida é cobrar juros
Espalhem-se mas não se percam
Não queiram nos opor achando que alguém é melhor
Mete de dentro que eu meto de fora
Não basta comer tem que gostar
De você guardo pedaços e já tá muito bom
Como é bom ver uma menina linda ao longo do seu dia
Queres ser minha ama ou que eu seja teu amo
Se não curtes o que o teu país faz teu país não irá curtir o que fazes
Desfoca o federal e bota zoom no município
Avança frente de esquerda e garante em 16 os municípios
É só no ato
Não sou o que digo que sou
Digo o que acho que sou
Se não começar não começa
Não há como fazer o de agora antes
Às vezes digo que vou mas não vou
Carrego na bagagem uns trinta filmes e algumas centenas de páginas escritas
Não padeças pois não me compadeço
Se eu quisesse mas não ia ser por menos
Jurista é quem saca de juros
Se for longe não se escuta
Primeiro te cuida e diminui a taxa de emoção
Se a coisa se resolver o melhor é descansar
E se não é ainda melhor
Quero um alguém que sempre diga sim e nunca diga não
Respeito a tua alma de formiga mas eu tenho alma de cigarra
Eu não me sinto mais mas não me sinto menos
Mesmo sem você eu sou feliz
Não acredito que a tua é a real
Viva a meus joelhos
Mesmo sem o governo cumprir a lei o curta vem chegando
Não preciso de licença pra pensar
Se insistir acho que rola
A questão não é o que cada um faz
Mas se queremos ficar um com o outro
Abalroado pela intrépida paixão e de onde isso veio
Mais palavras não resolvem o drama
A minha vontade baila
O meu pé escorrega

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