Sabedoria milenar
DISCÍPULO:
- Sábio Mestre, poderia ensinar-me a diferença entre a pérola e a mulher?
MESTRE:
- A diferença, humilde gafanhoto, é que uma pérola pode-se enfiar por dois lados, enquanto numa mulher somente por um lado...
DISCÍPULO (um tanto confuso):
- Mas Mestre, longe de mim contradizer vossa "Himalaica" sabedoria,
mas ouvi dizer que certas mulheres permitem ser enfiadas pelos dois lados!
MESTRE (com um sorriso):
- Nesse caso, curioso gafanhoto, não se trata de uma mulher, mas sim de uma pérola.
MEDITEMOS...
DISCÍPULO:
- Sábio Mestre, poderia ensinar-me a diferença entre a pérola e a mulher?
MESTRE:
- A diferença, humilde gafanhoto, é que uma pérola pode-se enfiar por dois lados, enquanto numa mulher somente por um lado...
DISCÍPULO (um tanto confuso):
- Mas Mestre, longe de mim contradizer vossa "Himalaica" sabedoria,
mas ouvi dizer que certas mulheres permitem ser enfiadas pelos dois lados!
MESTRE (com um sorriso):
- Nesse caso, curioso gafanhoto, não se trata de uma mulher, mas sim de uma pérola.
MEDITEMOS...
AINDA
NÃO SEI SEU NOME
Fábio Carvalho
Os ambientalistas que se
ambientem. Pensei. Os caras não gostam nem de filé de Tilápia ao forno, regado
no molho de manteiga e de alho porro, acompanhado de folhas de espinafre, batatas
coradas e aquele tomatinho partido ao meio que esqueci como se chama.
Lamentável.
Você é um parasita ou batalha o
dia todo?
Premeditadamente, perguntei de
súbito, ao mestre Saraceni na porta do elevador do hotel. Sem delonga ele
respondeu: na fronteira. A pergunta fora escrita pelo Rogério Sganzerla para o
seu filme Copacabana Mon Amour e a resposta do Saraceni nasceu dele naquele
exato instante. Eu escrevia pelos ouvidos. Mais tarde filmei o Guará fazendo
esta pergunta para o Éder Santos no Cabaré chamado Nova Camponesa, que era
situado na Avenida Brasil, numa cena de O General. O Éder achou que era pouca a
resposta para aquela pergunta tão profunda. Fizemos um pequeno périplo mental.
Chegamos juntos a indefinitiva conclusão que não existe nada mais amplo do que
uma fronteira. Além da linha tem dois lados e por vezes muitos outros mais.
Hoje sei que ele queria no interior um texto maior para sua cena. Não nos
faltará a ocasião. Com alguma vaidade me lembrei disto agora e escrevi aqui.
Abomino a vaidade, portanto vou tomar banho. A chuva prometida não veio e o ar
continua seco com um calor infernal. Ave Maria Nossa Senhora. Mas a filosofia,
hoje, me auxilia a viver indiferente assim. Veio um ventinho, não digo que era
uma brisa de tão quente que vinha. Ou era para trazer a chuva, ou para levar.
Tenho que olhar para o céu. Da janela, vi o Zoeca subindo a rua, empurrando um
caixão cor de rosa amarrado em cima da bicicleta, com vários tipos de vira
latas o seguindo. Acho que ele deve ser feliz, aparentemente conseguiu ser o
que é. São nove horas. Ela domina a técnica de ensacar. Peitinhos de Pitomba.
Que cheiro tem esse pão. Sofrer também tem seu merecimento. Quando a hora é da
razão. Por cima da terra respirando ar puro, cantando. Tem me encantado esta nova
posição, eu que sempre fui ponta esquerda, agora sou armador. Bela palavra e o
posicionamento. E como tenho andado sem mudar de lado. Dizem que hoje que é o
dia da criança, portanto deve ser por isto que tive notícias cariocas que
adoçaram minha boca. Também lá, vou mudar de posição perante o mar. Fogão.
Sempre alvinegro. No mesmo velho Botafogo, agora na zona do agrião, pertinho do
Aurora e dos Abricós de Macaco. Um perigo que me atrai e muito me agrada. Enfim
uma nova vida se apresenta, em todos os sentidos, inclusive os geográficos.
Geografia do Som. Ricardo Miranda o Grande. Tenho plena consciência que o
cinema é uma arte esotérica e transcendente, para poucos, só para seres que já
passaram por uma trepanação. Queria terminar este escrito com uma belíssima
aliteração do Fernando Pessoa que o Madeira, nosso velho mestre do bandolim e
da amizade, me falou na ponta da língua em noite de chorinho no Bar do Salomão.
Como não anotei e o Madeira foi passar muito a contra gosto uma temporada em
Roraima, termino então com este testículo do Immanuel Kant descoberto pela
Isabel: a razão especulativa pura tem em si a peculiaridade de que pode e deve
medir sua própria faculdade de acordo com a diversidade do modo que ela escolhe
objetos para pensá-los, e de ainda enumerar completamente seus modos de
apresentar seus problemas.
Resolvi não terminar com o Kant,
só para relatar o que os peixistas ali presentes me informaram que existem os
dois: o Badejo e o Abadejo. Eu tinha certeza que era um ato falho, um baianismo
incontido, uma mistura de Abadá com o peixe Badejo. Hoje já Sábado, tenho quase
certeza que o Abadejo também é de criatório. Vou voltar ao relicário
----- Original Message ----- From:
"Joao A. V. Diniz" <jdinizarq@gmail.com>
To: "Isabel Lacerda" <ufa.audiovisual@gmail.com>
Sent: Sunday, October 14, 2012 1:23 AM
Subject: Pull My Daisy: 1959 Beatnik Film Stars Jack Kerouac and Allen Ginsberg, Shot by Robert Frank
http://www.openculture.com/2012/10/ipull_my_daisyi_improvisational_beatnik_film_stars_jack_kerouac_and_allen_ginsberg_shot_by_robert_frank.html
To: "Isabel Lacerda" <ufa.audiovisual@gmail.com>
Sent: Sunday, October 14, 2012 1:23 AM
Subject: Pull My Daisy: 1959 Beatnik Film Stars Jack Kerouac and Allen Ginsberg, Shot by Robert Frank
http://www.openculture.com/2012/10/ipull_my_daisyi_improvisational_beatnik_film_stars_jack_kerouac_and_allen_ginsberg_shot_by_robert_frank.html
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