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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Pequenas Observações


         O mar dos mineiros banha Juiz de Fora
1)   A nova lei da tevê por assinatura a cabo que prevê 2 horas e 20 minutos de programação semanal brasileira é preciso ser melhor explicada aos realizadores independentes do audiovisual.
2)   Com uma obra pouco conhecida no Brasil, morreu este ano, em julho, o cineasta experimental francês Chris Marker que em 1970 fez um filme guerrilha sobre Carlos Marighella.
3)   Só agora ele sacou isso: “O cinema virou um videogame... A narrativa cinematográfica deixou de ser importante”. LCBarreto.
4)   Duas obras imperdíveis do cinema brasileiro, que não se encontram no mercado do homevídeo, se encontram registradas no youtube – Vidas Secas; A Hora e Vez de Augusto Matraga. Pura pirataria...
5)   Assisti, outro dia, no youtube, o vídeo polêmico que tanto irritou o mundo árabe, um filme difamando o profeta Maomé. É um filme ofensivo, pois ofende o bom gosto do espectador com uma sátira grotesca feita em um estúdio com projeção em croma key. Atores amadores, texto absurdo, cenas grotescas, uma desprezível comédia É um lixo que não mereceria nenhuma consideração se não fosse a reação dos muçulmanos. É como se diz lá em Minas: Penso sobre o caso  e concluo que há muita mais carne debaixo deste angu...
6)   Recebi de um velho amigo um emeio que publico pois acho extremamente interessante o que ele diz... “ Eu saí correndo de Juiz de Fora, aquela cidade criada pelo Cabelinho, onde o povo acha que glamour é cultura, e dono de discoteca acha que é o Berlusconi.Eu resolvi ser só eu mesmo, esse mundo onde todo mundo acha bonito ser um pouco o outro. Matei o publicitário dentro de mim a pauladas, hoje em dia mudei o nome da LAb propaganda pra Ateliê digital Lab, justamente pra ter a liberdade de mexer com o que me der vontade. E agora sou um artista amador, estudando muito, tentando amadurecer como homem e não como avatar :) Vivo isolado, moro em um povoado pequeno em ibiza, na espanha chamado Santa Eularia Des Riu, a paz que pedi a deus. Gasto minha cabeça e meu tempo com artes ligadas a tecnologia(que uso p viver, comprar comida) , porém em paralelo, escrevo todo tipo de coisa , desenho a mao livre,  fiz do youtube a minha unica televisao,  etc, etc, etc,  :)    Cansei da realidade do mundo e tenho criado a minha própria. Convivo com conhecimento como um jogador de futebol convive c a bola, com a cultura q eu acho q é cultura, chamo de gênio quem eu acho que é gênio, acabou o controle do mundo sobre a minha cabeça :)  só volto na matrix pra fazer um dimdim e mesmo assim por enquanto. Aguentei muito tempo aqueles "clientes" e aquele mercado de JF, cehgou num ponto que foi de um dia para o outro, eu nao estava aguentando mais, aí vim pra ibiza durante umas ferias e trabalhei de vj em uma discoteca daqui, foi o suficiente pra largar tudo.Ganhava muito mais, menos da metade das amolacoes, e pelo menos posso trabalhar fumando um, bebendo :) isso foi em 2007 hj em dia nao trabalho pra ninguém de forma fixa, crio projetos usando video no atelie, que marcas de ibiza e da europa possam querer. Tem funcionado bem, pq junto o util ao agradável, já que cada projeto é sempre alguma viagem q to pirando no momento por prazer”.

7)   Agora publico o texto do músico Gabriel Lobo

de JF- MG que também abandonou seu habitat na procura do reconhecimento e da felicidade... A corda quebrou! Que corda? ACORDA!!! Sabe quando você era pequeno e tinha que comer algo que não gostava e não podia levantar da mesa enquanto não acabasse? Pois é, estou daquele jeito, há dias com uma informação que não consigo engolir, preciso cuspir, perdoem-me. Como assim, tem banda em Juiz de Fora tocando a 70 cruzeiros por músico? Como assim, o contratante é a casa de show mais pica da cidade? S I N I S T R O! Acompanhei muita coisa em JF, vi (fiz isso também) as bandas se matando pra chegar ao bar com seus instrumentos (cedo, pra passar o som) e dividindo a portaria com a casa no final da noite, antes de embarcar numa carona ou num taxi, que representava mais uma baixa no cachê, longe de ser um jeito confortável e seguro de ir para casa. Às vezes dava uma graninha. Quando o negócio começou a ficar bom, depois de muita ralação de TODOS (empresários e músicos), os donos do pedaço resolveram que as bandas tocariam por um cachê fechado. Ih, deu muita confusão, claro! Me lembro da última banda local que saiu com 2 mil de lá. Depois, filhão, 500tinhos, e lambe os beiços. Graças às consequências de nossas escolhas, eu já estava a me afastar da cidade, e não vi o crescimento absurdo do império de uns sobre a carcaça de outros. Mas quer saber? Bem feito! Mulher que apanha e não vai embora, é porque gosta, né? Uma pergunta pra você, mulher de malan... digo, músico: Quanto dá a sua comanda no final da noite? Porque sei que você chega muito cedo e sai muito tarde, já que abre e fecha a casa, ou a noite, se preferir. Você chega de carona ou de buzão? Taxi? Ou no carrinho que alguém suou para pagar? E durante a noite (longa), fica só na aguinha a que tem direito? Vai embora como? Posso perguntar dos gastos com a atividade? Cordas, baquetas, cabos, palhetas, ensaios, alimentação e transporte nos dias de ensaios, telefone, tempo, estudo... por 70 cruzeiros???? Não... Sou o quê? Radical, louco, ingênuo? Pois quando usaram um texto meu para falar em greve dos músicos, teve gente pulando alto. Depois, ficaram sabendo de um movimento parecido na capital do estado e, os mesmos saltadores, aplaudiram a iniciativa. Deixei até o blog abandonado por esse tempo todo, pois, na época, não queria me desgastar, não dependo de trabalho na cidade há muito tempo. Hoje, o cara que mais foi contra a ideia da greve já me disse que errou, aprecio sua humildade. Tenho voltado à cidade por motivos pessoais, aproveito e faço um som, até ajuda nas despesas, mas esse tipo de coisa me deixa deprimido. Para não pensarem que em qualquer outro lugar tudo é muito melhor, fiquem sabendo que recusei trabalho no Mangue Seco, mesmo grupo Rio Senarium (sim, no Rio de Janeiro)... por 70 cruzeiros. Bem, o ZicaMu está de volta. P.S.: Jamais esquecerei o quanto aprendi e cresci na casa em questão. Bons tempos.




Um comentário:

Gabriel Lobo disse...

Boa!!!