TV Globo domina o cinema brasileiro
Por Amanda Cotrim
Era preciso investigar o assunto. Em 1998 surgiu aquela que seria a maior
coprodutora e distribuidora do cinema nacional, um fenômeno de bilheteria
nos últimos anos, a Globo Filmes. "No setor audiovisual sempre houve a ideia
de monopólio. No entanto, era preciso investigar com números e dados
oficiais de mercado. A minha pesquisa apontou que não só as maiores
bilheterias do cinema nacional, nos últimos anos, têm a participação da
Globo Filmes, como os parceiros com os quais ela se associa, como produtoras
e distribuidoras, são, na maioria, aqueles que dispõem dos maiores
recursos", revela a jornalista Juliana Sangion.
O mercado cinematográfico apresenta uma concentração nunca registrada antes
no Brasil. Segundo a pesquisa de doutorado da jornalista, defendida no
Instituto de Artes (IA) da Unicamp (Universidade de Campinas), no ano de
2003, as 10 maiores bilheterias foram de filmes coproduzidos pela Globo
Filmes. Atualmente, a empresa já passou a marca de 120 milhões de
espectadores, com cerca de 150 filmes lançados. Surge, então, uma mudança: O
Brasil passa a ser visto pelos brasileiros também através do cinema. Mas o
que o país passa a reconhecer como o "seu cinema" é questionado na pesquisa
da jornalista. "Tanto séries e programas da Globo viraram filmes, como o
contrário", conta. O cinema nacional recebeu as séries A grande Família, Os
Normais, Lisbela e o Prisioneiro e Caramuru, entre outros.
Também foi possível ver filmes que viraram séries como Cidade de Deus e
Chico Xavier. Todos tiveram a participação da Globo, seja como emissora de
TV, divulgadora ou como coprodutora. "Não dá mais para dividir a linguagem
televisiva da cinematográfica, neste contexto, sem falar de Globo Filmes",
destaca a jornalista.
Por Amanda Cotrim
Era preciso investigar o assunto. Em 1998 surgiu aquela que seria a maior
coprodutora e distribuidora do cinema nacional, um fenômeno de bilheteria
nos últimos anos, a Globo Filmes. "No setor audiovisual sempre houve a ideia
de monopólio. No entanto, era preciso investigar com números e dados
oficiais de mercado. A minha pesquisa apontou que não só as maiores
bilheterias do cinema nacional, nos últimos anos, têm a participação da
Globo Filmes, como os parceiros com os quais ela se associa, como produtoras
e distribuidoras, são, na maioria, aqueles que dispõem dos maiores
recursos", revela a jornalista Juliana Sangion.
O mercado cinematográfico apresenta uma concentração nunca registrada antes
no Brasil. Segundo a pesquisa de doutorado da jornalista, defendida no
Instituto de Artes (IA) da Unicamp (Universidade de Campinas), no ano de
2003, as 10 maiores bilheterias foram de filmes coproduzidos pela Globo
Filmes. Atualmente, a empresa já passou a marca de 120 milhões de
espectadores, com cerca de 150 filmes lançados. Surge, então, uma mudança: O
Brasil passa a ser visto pelos brasileiros também através do cinema. Mas o
que o país passa a reconhecer como o "seu cinema" é questionado na pesquisa
da jornalista. "Tanto séries e programas da Globo viraram filmes, como o
contrário", conta. O cinema nacional recebeu as séries A grande Família, Os
Normais, Lisbela e o Prisioneiro e Caramuru, entre outros.
Também foi possível ver filmes que viraram séries como Cidade de Deus e
Chico Xavier. Todos tiveram a participação da Globo, seja como emissora de
TV, divulgadora ou como coprodutora. "Não dá mais para dividir a linguagem
televisiva da cinematográfica, neste contexto, sem falar de Globo Filmes",
destaca a jornalista.
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