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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

PREMIO JOSE SETTE

FESTIVAL DE CINEMA PRIMEIRO PLANO
Na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais...

Esse ano, novamente foi entregue ao melhor vídeo regional da zona da mata mineira, o prêmio José Sette. Junto a tradicional cachaça dessa vez resolvemos entregar também um certificado- HQ, para registrar melhor o prêmio. O desenho foi feito por mim e inspirado em um vídeo na internet chamado: manifesto José Sette. O texto do certificado foi feito pelo Marquinho, Terra e eu. Espero que goste.Engraçado é que a direção do Primeiro Plano resolveu imitar o Prêmio José Sette e também distribuiu cachaça para todos os ganhadores. Segundo eles, há dois anos os ganhadores da mostra nacional reclamam que o melhor prêmio é o regional José Sette. O ganhador desse ano foi: Veredas Santeiro, documentário, 19min. direção:Leandro domith. Saudações alvinegras,Leo Ribeiro - Cineasta de Animação
Prêmio José Sette - Melhor Vídeo Regional
Festival Primeiro Plano, Juiz de Fora - MG.
Algumas palavras sobre José Sette:
Juiz de Fora continuava a mesma: os ônibus subindo e descendo a Rio Branco,
os estudantes levantando e descendo copos de cerveja nos bares de São Mateus,
o Paraibuna passando suas águas barrentas sob as pontes que o sombrejam
na Avenida Brasil, quando, de repente, se escutou pelas ruas da cidade uma
voz grave e misteriosa: “- Ação! Corta! Genial!”
Era a voz do cineasta José Sette, diretor de filmes como Bandalheira Infernal,
Um Filme 100% Brasileiro, Um Sorriso Por Favor- O Mundo Gráfico de Goeldi,
Amaxon, que, no final dos anos 90, trouxe pra estas terras uma câmera 35mm
não blimpada, uma câmera Super 16mm com lentes e filtros desgastados e um
turbilhão de ideias que saiam daquela cabeça inquieta de poucos cabelos. Pronto,
era o que faltava para que a cachaça do cinema se instaurasse por aqui!
Na época, éramos todos universitários. Alguns de nós já estavam habituados
com o vídeo, mas a magia que existia em um set cinematográfico era algo novo
para todos. Ficamos definitivamente seduzidos por outro ciclo, outro ritmo... Os
24 quadros por segundo da câmera cinematográfica passaram a conviver com
as cadências das nossas vidas e da própria cidade. As centelhas cinematográficas
que saltavam de José Sette - um genuíno “animal cinematográfico” - foram
cruciais para que várias pessoas de Juiz de Fora optassem pela sétima arte. De
uma forma generosa, anárquica e poética, ele nos brindou a verdadeira possibilidade
de se fazer cinema.
Juiz de fora não foi suficiente para José Sette. Seu tempo na cidade há muito se
findou. Porém, acima das obras produzidas aqui, como O Rei do Samba, A Janela
do Caos e Ver Tigem, deixou amigos, influências e saudades. Como forma
de agradecer pelos anos de convivência e por suas inconfundíveis gargalhadas,
criamos esta modesta homenagem: o Prêmio José Sette de Melhor Vídeo Regional.
Nossa intenção é compartilhar com a nova geração de realizadores da
Zona da Mata Mineira a inspiração, liberdade e alegria que nosso amigo nos
trouxe. Com ele, aprendemos que fazer cinema tem que ser um ato mágico e visceral.
Se você ganhou este certificado e esta garrafa, cuidado! Pois, segundo as
palavras do velho Sette: “O cinema é uma cachaça! Só tem porta de entrada,
não tem porta de saída..”
.

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