Fábio Carvalho
“A liberdade sem precedentes, a entrega total, a busca sem limites
dos símbolos deste nosso mundo como: As drogas, A prostituição,
A política, A poesia, O Mercado Financeiro, A Bolsa, O Amor,
A nudez, O Capitalismo, O uso, O Abuso e o sentido da vida
– todas essas coisas – estão no filme de forma avassaladora.”
Neville D’Almeida
“A liberdade sem precedentes, a entrega total, a busca sem limites
dos símbolos deste nosso mundo como: As drogas, A prostituição,
A política, A poesia, O Mercado Financeiro, A Bolsa, O Amor,
A nudez, O Capitalismo, O uso, O Abuso e o sentido da vida
– todas essas coisas – estão no filme de forma avassaladora.”
Neville D’Almeida
Ela tem os dentes irregulares, contornados por uma boca rosa linda. Se um anjo não trouxer o mar. Não sei quem é ela, sei que ela é boa e canta bem. Tenho sido bastante atrevido. Reparando sem segredo vem a imagem e deixa ver como a boca canta e enlouquece. Todas as cantrizes me pegam forte pela boca, se tocam algum instrumento mal então, minha testa fica marcada indelevelmente de forma que a mente sente e não esquece. Ainda. Como segurar a imaginação, se eu já fiz tudo a seu lado. Que boca. Nem consegui ver seus olhos. Silêncio. Ela voltou. Aos cântaros vou tentar ver se encontro o que já escrevi sem telefonar. Já vi que está todo o mundo olhando. Como assim? Pergunta a voz feminina.
Abri a porta. Fiquei com a dúvida antes de entrar. E a intuição me fez encarar na boa a escancarada manhã a mim apresentada. Sinto saudades da MARINA da GLÓRIA. A gata foi ficando educada, quando pula suas unhas não arranham mais, bem cortadas que estão. SEM ESSA ARANHA. No fim do corredor mora a curiosidade. Minha mesmo. Tenho pensado muito nos corredores. O PRINCÍPIO DO PRAZER. Curioso estranho filme. Que bela frase, começou o balanço para que, assim como não era antes. Perdi tempo. Não precisava comprovar em seguida, disse ela. Passei a gostar das vírgulas, e que música é esta que me atribula embora sem espalhar que já a conheço muito bem. É inegável que estou apaixonado pela ALMA, e no tempo vou conseguir alcançá-la com bastante ardor. Por enquanto ainda acredito que sei filmar melhor do que eu há algumas vidas atrás. Na minha bitola. Virei um falastrão por hora. Inesperadamente esta boca rosa linda fala muito bem. Esta boca que não é a minha. É a boca do desejo. Ou do inferno. Ainda não sei se fala muito. Sei que ela mora longe, em Londres. Longe é só um ponto de vista. Desconfio ver da África sem sombra no arquipélago, ela mulata inteira e nua. É ela a asa da queda louca onde me abismei na boca frágil e trêmula que beija e alivia com afagos rápidos comunicantes. Abomino o amor ao verbo. Isto sim é uma gata. Vamos nos encontrar de novo depois do fim deste princípio bem no início. Ou não. Cadê a interrogação? Parece brincadeira e realmente é. Ela está renitente e emborcada. Vamos dormir de conchinha. Dá para entrar na tentativa de alcançar. Estranhas estas palavras. Fogem a mim. Cadentes as estrelas cheias de desculpas. Falo aqui de Marte. Ela anda muito pausada. Adentro aonde dá no que ela gosta. Agora exato às duas da manhã, imediatamente faço a sua felicidade. Ralentando aquele indescritível andamento. Vinha um coro ao fundo. Que beleza. Por onde ela andará? Para sempre vou procurar. Nada tenho a fazer, senão esquecer do medo que me faz lembrar do esquecido. A londrina não me ilude mais, outras ilusões me perseguem mais de perto, logo ali da França. Com sotaque e tudo. Vamos ao andar que é o que interessa. A visão andando, pode ser em travelling. Sempre a vejo indo e vindo. Como dizemos nós os insuportáveis deste mundo perdido do CINEMA. Sou de escorpião e tem sido triste, mas é verdade. Sei também que a verdade não interessa nem um pouco a mim nem a ela deitada no sofá
Abri a porta. Fiquei com a dúvida antes de entrar. E a intuição me fez encarar na boa a escancarada manhã a mim apresentada. Sinto saudades da MARINA da GLÓRIA. A gata foi ficando educada, quando pula suas unhas não arranham mais, bem cortadas que estão. SEM ESSA ARANHA. No fim do corredor mora a curiosidade. Minha mesmo. Tenho pensado muito nos corredores. O PRINCÍPIO DO PRAZER. Curioso estranho filme. Que bela frase, começou o balanço para que, assim como não era antes. Perdi tempo. Não precisava comprovar em seguida, disse ela. Passei a gostar das vírgulas, e que música é esta que me atribula embora sem espalhar que já a conheço muito bem. É inegável que estou apaixonado pela ALMA, e no tempo vou conseguir alcançá-la com bastante ardor. Por enquanto ainda acredito que sei filmar melhor do que eu há algumas vidas atrás. Na minha bitola. Virei um falastrão por hora. Inesperadamente esta boca rosa linda fala muito bem. Esta boca que não é a minha. É a boca do desejo. Ou do inferno. Ainda não sei se fala muito. Sei que ela mora longe, em Londres. Longe é só um ponto de vista. Desconfio ver da África sem sombra no arquipélago, ela mulata inteira e nua. É ela a asa da queda louca onde me abismei na boca frágil e trêmula que beija e alivia com afagos rápidos comunicantes. Abomino o amor ao verbo. Isto sim é uma gata. Vamos nos encontrar de novo depois do fim deste princípio bem no início. Ou não. Cadê a interrogação? Parece brincadeira e realmente é. Ela está renitente e emborcada. Vamos dormir de conchinha. Dá para entrar na tentativa de alcançar. Estranhas estas palavras. Fogem a mim. Cadentes as estrelas cheias de desculpas. Falo aqui de Marte. Ela anda muito pausada. Adentro aonde dá no que ela gosta. Agora exato às duas da manhã, imediatamente faço a sua felicidade. Ralentando aquele indescritível andamento. Vinha um coro ao fundo. Que beleza. Por onde ela andará? Para sempre vou procurar. Nada tenho a fazer, senão esquecer do medo que me faz lembrar do esquecido. A londrina não me ilude mais, outras ilusões me perseguem mais de perto, logo ali da França. Com sotaque e tudo. Vamos ao andar que é o que interessa. A visão andando, pode ser em travelling. Sempre a vejo indo e vindo. Como dizemos nós os insuportáveis deste mundo perdido do CINEMA. Sou de escorpião e tem sido triste, mas é verdade. Sei também que a verdade não interessa nem um pouco a mim nem a ela deitada no sofá
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