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quinta-feira, 2 de junho de 2011

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TERCEIRA PARTE

Cena 15

Imagem: Outra menina (Mimosa) entra com uma garrafa de vinho na mão. A porta estava aberta. Arnaldo fecha a porta.

Som: ruídos e som direto.

Diálogos:
Mimosa: - Alô! estava passando e vi a porta aberta, então cheguei ... parece que temos uma festa ... eu sou a mimosa ...
Arnaldo: - Ainda bem que você chegou...
Mimosa: - Trazendo o leite dos deuses ...
Arnaldo: - Eu tô sendo mal interpretado aqui.
Tânia: - Como assim mal interpretado, se até agora eu não disse nada ?
Arnaldo: - Não disse, mas berrou junto com a outra aí.
Tânia: - Só acompanhei o ritmo. O que é que eu posso fazer?
Arnaldo: - Podia me defender...
Tânia: - Querido, eu sou uma judoca. Só sei defender a mim. Tá me pedindo muito.
Mimosa: - E eu estaria pedindo muito também se ao menos pudéssemos nos apresentar? Olha que coisa linda, gente. Saímos do virtual para a real. Quer coisa mais legal. Vamos lá: quem é você? Quem é você e você ?

Cena 16

Imagem: Arnaldo sai da porta, pega a garrafa de vinho na mão de Mimosa e vai até a cozinha onde pega uma saca rolha para abrir o vinho. Mimosa senta-se no sofá e Renata levanta-se e caminha em direção da porta de saída. Tânia anda de um lado a outro da sala excitada.

Som: ruídos e som direto.

Diálogo:
Renata: - Esse encontro já perdeu a graça, mas em todo os casos, sou vivarenata.com.br. Será que eu já posso ir ?
Mimosa (levantando-se): - De maneira nenhuma. Estamos aqui para trocar experiências. Pelo visto você é o arnaldo@hotmail.com - já que é o único homem por aqui...
Tânia: - E você é a mimosa@ e arromba. Aquela que não é vaca, mas está a um passo de virar uma jumenta.
Arnaldo: - Mas que grosseria!!!
Renata: - Olha o assassino reclamando. Matar é muito pior, meu amigo.
Arnaldo: - Mas eu já disse que não sou um assassino!
Renata (abrindo a porta): - E a faca no bolso?

Cena 17

Imagem: Renata sai da casa, mas fica parada na porta. Arnaldo saca a rolha do vinho e cheira o seu conteúdo. Mimosa vai até a porta da saída e fala com Renata. Arnaldo fica com a garrafa aberta na mão.

Som: ruídos e som direto

Diálogo:
Mimosa (para Renata): - Ele tem uma faca no bolso?
Arnaldo: - Não tenho faca nenhuma. Mas será possível que eu tenha que passas por isso ? Eu só marquei um encontro com vocês porque achava interessante também sair da vida virtual. Mas pelo visto encontrei no mesmo dia com 3 desequilibradas !!!
Mimosa: - Pelas teclas é uma gentileza só, mas olha aí a realidade. Quem é desequilibrada aqui?
Arnaldo: - Vocês... olha só a gritaria.
Renata (entrando na casa novamente gritando): - Quem é que ta gritando aqui? (sussurrando) - Quem?...
Mimosa ( sussurrando) : - Eu é que não sou! ...
Tânia ( sussurrando): - Nem eu! ...
Arnaldo ( sussurrando): - Então quer dizer que eu tô maluco?
Renata (gritando): - Fala igual homem que eu não tô ouvindo nada...
Arnaldo: - Pára tudo, pára tudo. A gente não pode começar de novo e fingir que tudo isso aqui foi um sonho?

Cena 18

Imagem: Arnaldo com a garrafa na mão caminha em direção da Renata que se afasta até a porta de saída. Tânia se aproxima de Arnaldo em posição de defesa. Mimosa volta a sentar no sofá.

Som: ruídos e som direto.

Diálogo:
Tânia: - E eu sou mulher de fugir da realidade? Teclo contigo há meses e você não entendeu nada da minha personalidade?
Arnaldo: - Não é isso. Eu só quero esclarecer esse mal entendido.
Renata: - Não fecha a porta! Então houve um mal entendido. Ah, sei!!!
Mimosa: - Deixa ele explicar tudo. E já que eu cheguei por último, se alguém aqui pode cobrar alguma coisa, sou eu. Desembucha, vai!
Arnaldo: - Eu não sei o que dizer.
Mimosa: - Já entendi tudo. É o tipo de gente que viciou na escrita e na hora de falar fica difícil.
Arnaldo: - Não foi isso o que eu quis dizer.
Tânia: - Claro que não foi. Não consegue mais falar...quer um pedaço de papel que é pra ver se ajuda?
Arnaldo: - Vocês não estão me entendendo.
Renata (sentando-se no sofá): - Mas é muito difícil te entender. Pelo computador é a coisa mais amável do mundo e quando eu te encontro vem querendo me matar.
Mimosa: - Por que matá-la?
Arnaldo: - Eu nunca quis matá-la!
Tânia: - Então foi só uma ameaça?
Arnaldo: - Nem isso. Que situação complicada. Acho que quem vai embora sou eu.
Renata ( levantando-se do sofá): - Não vai, não. E a queixa que eu tenho que registrar na polícia? (aproxima-se de Arnaldo) - Você pensou em me agredir. E eu tenho testemunha. Tá aqui Tânia Tatami que não me deixa mentir. Você merece é cadeia.



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