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sábado, 22 de maio de 2010

POESIA


Última Morada

Esse é o lugar
onde o homem
deixa-se vencer.

Onde a luz
substitui o sol

Onde a lua
mostra a face oculta.

Onde o vento faz a curva
e o anjo louco escuta
o cantar do rouxinol.

Este é o lugar!

Do santo guerreiro
onde o barco corta
o rio caudaloso
de águas escuras
soltas no espaço
perdidas no tempo.

Lugar...

D´alma que canta
na voz do silêncio
onde o nada importa
provoca desconsolo
desfaz-se da jura
morre-se de medo

Foi nesse lugar...

Nesse templo do esquecer
onde guardei o segredo
do meu terrível desterro
quando me perdi
com um certo olhar
abrupto, desmedido.

Marquei esse lugar!
Incrível abismo
de um buraco negro

Aqui
toma-se o sagrado absinto
à mesa dos amigos
para ver
ter visões
sofrer
no caminho aflito,
no lugar esquisito, findo,
onde o infinito medra.

Pois é nesse lugar maldito
que inicia-se sem medo
difusa e pulsante
ao mesmo tempo
em todos os lugares
o mito bendito da vida

Agora diferente
da trama
já conhecida

Memória viva
drama
espaço
sem tempo
para acabar.

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