Sileno é Mito Grego. Perguntado sobre tanta coisa sobre o ser humano disse: “Melhor não ter nascido”.
A DIALÉTICA HEDIONDA DA MÍDIA
PARA: ANA PAULA NOGUEIRA & RAISSA PENICHE
Marx, na Mais Valia nos deixa claro e incontestável
que o Capital nasce da moeda, do dinheiro. E só depois vira arma. Da espada ao
míssil! E só mais depois vira política. Como excedência e poder. Para deixar o
trabalhador morto/vivo, sonhando Democracia. Para produzir mais, se aproximar
mais, ser mais periferia e gerar mais capital. E mais política. E mais
Partidos. E mais mortos/vivos!
E não nos enganemos Marx, Hegel e Nietzsche
continuam os gênios da tragédia. Na psique e nas patologias. Na economia, na
política, na sociologia. Na arte. E em toda nossa utopia. De Fourier, Owen e
Walter Benjamin. A política, essa que metaforizamos Democracia, nossa mais rica
alegoria, tornou-se a arma dos meios de produção, do Capital e de todos os
domínios. Dos mais vivos. E dos mais mortos! Os mortos/vivos. E o mundo é
sempre o mesmo. Real ou virtual. Num processo de suas transformações e
evoluções. Da pobreza e da riqueza. Da nobreza à aristocracia até ao
imperialista individual e globalizado, ao monopólio imperializado. Com poucas
variantes entre a propriedade e os deuses. Ibtocáveis! E nós, o baixo clero,
somos só a massa que fermenta ou que fica solada dependendo do artesão, da arte
ou da entropia. Dificuldades de assá-la na padaria.
É claro que neste contexto, existem forças em
evolução como nossos míseros classe média Mas sem qualquer solução de capital,
de política e de formação/informação e cultura. Nossa grande maioria, como
relação Senhor/Escravo. Compensada e domada. E depois de tanta luta, de tantas
revoluções: Industriais, Burguesas, Científicas, Cibernéticas e outras tantas
de conceitos e consertos, continuamos quase na mesma. O resultado nunca vai
além. E por que será?
Nunca vamos às causas, às origens, só aos sintomas.
Nos falta origem, formasção, profundidade, investigação! Nossa Mídia de origem
é muito rasa. Estamos sempre à procura de um barômetro a nos guiar, ascendido
de crenças e vamos atrás, atraídos como os ratos do Flautista de Amelin. E
acabamos sempre no abismo! Esta é a nossa cultura. Uma prisão de sempre. Nos
forma para a prisão. E buscando sempre uma saída. Mas como? Se a chave está
sempre com o Capital, a política, os donos da prisão? Com tudo nos sendo negado
como agora, os Conselhos Populares, o Plebicito, as Reformas?
E sobre a Mídia, nem falar. É casa de marimbondos de
fogo, como nossa cultura. Cultura dominada e que nos aprisiona desde a origem.
Da Senzala à fábrica. As escolas do capital e da Mídia, dos deuses e da
política. Sem saída, começamos a apelar para os mortos. Em situação como a que
estamos vivendo, até os mortos reclamam.
SINDOVAL AGUIAR & LUIZ ROSEMBERG FILHO
RJ, 2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário