À Cultura Cinematográfica do
Brasil.
Se eu fosse uma empresa
estatal ou um produtor de cinema privado, se eu fosse estabelecido, com crédito
na praça, chamaria para uma conversa na minha produtora ou gabinete, alguns
artistas que já fizeram cinema e hoje passam esquecidos das telas, aposentados
alguns, mas todos distantes das produções cinematográficas. Então propor-se-ia a
todos, em comum acordo, um projeto para que se produzisse um filme que fosse, na
sua construção e realização, a síntese de todo cinema brasileiro: da chanchada popular ao
revolucionário cinema de autor; da boca do lixo paulista a cinelândia carioca;
enfim do melhor que antes fora produzido, ao novo paradigma armado e permitido a
todas as artes, abrindo a eles as ferramentas necessárias para que esses
experientes olhos criassem o discurso do novo, da vanguarda esquecida e que
pudessem experimentar novamente a sua “velha” linguagem e nela renovarem, com toda
liberdade, o que já foi um dia novo e que agora não é. Só assim construiremos
sonhos poéticos com uma nova roupagem contemporânea, presenteando as novas
gerações de cinéfilos requintadas imagens expostas em sons do passado.
Consolidando uma identidade perdida para o Brasil do futuro. Sou um icoideoclasta,
mas acredito nos meus sonhos... Qual empresário, político ou governante, que
tem essa coragem, ou quem se habilita assim a ficar na história?
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