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quarta-feira, 4 de setembro de 2013
IMPROVISOS
Medo de quê!
O partidão, com a prática do cupim –
comer por dentro, fundeou-se erroneamente em todas as instituições da república e depois do processo autofágico a que se submeteu burocratizou-se ainda mais
para depois morrer.
Compactuando com a mais retrógada prática
política aqui existente estavam muitos dos nossos intelectuais e artistas de
esquerda que de quando em quando morriam
na mão da repressão militar ou se vendiam ao sistema com as mais esfarrapadas
mentiras.
Todos mantinham suas boquinhas e seus
interesses e ninguém até hoje pediu desculpas ao povo brasileiro. Quantos trabalharam e ainda trabalham com a família Marinho ganhando
pequenas fortunas? Muitos
estão milionários, e por que estariam pobres?
Medo de quê!
Pra quê mentir?
Conheci o dono de um jornal diário de
esquerda que precisava de se vender todos os Dias para custear sua enorme
despesa editorial Vivendo uma vida caótica e insustentável o pobre jornalista
via, todos os Dias, seus sonhos ruírem na barreira de uma realidade cruel e
indestrutível. Só para no final de tudo acordar com mais débitos que créditos
em sua conta. O pior é que ele no fim de tudo tornou-se um cara de direita, retrógado,
quase um fascista.
Pra quê mentir? Medo de quê!
O cinema de arte não morreu, o
mercado não tem essa força capital para eliminá-lo. Eles, os neófobos, há anos
tentam, cada hora, todos os minutos e segundos, um só instante e não conseguem estancar
o processo revolucionário da arte.
A minha geração foi separada pelas
circunstâncias históricas em que fomos envolvidos – amávamos mas não nos
entendíamos – torturava-nos com medo de tudo e de todos. Era a paranoia...
Pra quê mentir?
Os artistas e intelectuais das novas
gerações têm de lutar unidos em um mesmo propósito, ou seja: a arte pela revolução
e a revolução pela libertação total da arte. Nada é mais importante. É preciso
avançar no texto e no pensamento. Um passo a frente sempre! É como diz o
malandro: quem fica parado é poste e quem anda para trás é caranguejo!
O mundo está oculto nas páginas de
recônditos livros de lendas e entretenimentos. É preciso tirar coelhos da
cartola, sapos da lagoa, escorpiões do buraco, cobras do serpentário, piranhas
do igarapé e atravessar os pântanos das idiossincrasias que durante todos esses
anos fomos submetidos, só assim poderemos dar mais um passo à frente.
Por que tudo tem que ser assim? Ainda
bem que quase toda memória está guardada na grande e eterna biblioteca do
homem. Precisamos conservar e saber escolher a melhor obra, mesmo sendo uma
comédia tudo isso.
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