GERALDO MAGALHÃES
Faleceu em maio e só hoje tive a notícia , o mineiro Geraldo Magalhães, que foi colega no inicio da década de 1960 de Paulo César Saraceni e Glauco Mirko Laurelli no Centro Experimental de Cinema em Roma. Amante do cinema voltou ao Brasil e tornou-se editor do caderno 2 do jornal Estado de Minas, tornando-se um personagem importante da cultura mineira e da crítica cinematográfica. Geraldo foi um caso típico do centralismo da política cinematográfica brasileira, pois só conseguiu realizar em 2005 um único filme “Amor Perfeito” que também só foi lançado em Belo Horizonte e logo depois esquecido. Ele merecia uma homenagem maior na capital mineira que ele tanto amou.
Texto do escritor Nilseu Martins sobre Geraldo Magalhães http://nilseumartins.blogspot.com/2011/07/300-anos-de-ouro-preto-sem-o-geraldo.html
Ouro Preto celebrou dia 8 deste mês, com pompa e circunstância, seus 300 anos de fundação. A celebração remeteu-me, por razões muito particulares, ao jornalista, escritor e cineasta Geraldo Magalhães, de quem amigos e familiares se despediram em meados de maio. Com estoicismo e bravura ele enfrentou implacável doença, que aceitou sem amargura nem ressentimento. Quem conviveu de perto com ele pode dizer, até, que a recebeu com a lhaneza e fidalguia que alguém como ele jamais deixaria de dispensar a uma mensageira da Parca. Mas chega-se a um ponto em que não dá mais e, então, foi em meados de maio, ele foi embora.Ô Geraldo! Eu estou aqui falando essas coisas tentando manter o tom de tanta conversa fiada nos botequins do Maletta, na Gruta Goiás, na Metrópole, sobre coisas boas e banalidades da vida, de vez em quando uma discussão mais acalorada sobre preferências estéticas. Livros, filmes, poemas sempre aproximam os amigos, nem que seja pelo viés da controvérsia. Cachaça também, mas aí sempre houve unanimidade. Que nos perdoem Januária e Itamogi se a de Salinas é incomparável!...
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