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terça-feira, 21 de setembro de 2010

POR UM NOVO CINEMA II

VER TIGEM filme curta sobre o artista Arlindo Daibert
CHAMAMENTO
Marcos Manhães Marins - http://cinemabrasil.org.br/

Vamos apoiar a MUDANÇA DE PARADIGMA, ou a cinematografia brasileira vai ficar cada dia, mais empobrecida... O ESTADO BRASILEIRO deve ter Critério de Estado, valorizando o imaginário de seu povo..., a descoberta da história do país. A CARTA DE PORTO ALEGRE fala disso, e devemos fazer uma grande mobilização por ela.

Trechos do discurso do cineasta Rosemberg Cariry – presidente do CBC – no encontro que se realiza em Porto Alegre no Rio Grande do Sul


... o cinema e o audiovisual como potências em movimento, como forças vivas e transformadoras, que poderão colocar o Brasil, nas próximas décadas, no papel de agente positivo e transformador no imaginário do mundo.

... a maioria dos que aqui estão são jovens, flexíveis e viçosos como os caniços que se curvam ao vento e se debruçam nas margens dos rios para beber da fonte renovadora da vida. Jovens que sabem que estes mesmos rios, pacientemente, cortam montanhas e desfazem a solidez das rochas, em busca do mar, porque todo rio nasce destinado ao mar.
... Prefiro falar das coisas, permanentes e visíveis, buscando antes situá-las em outro plano de entendimento... Vou tratar de poesia, de esperanças e de sonhos que, como pedras em alicerces, não raro são o fundamento do mundo.

... Os mestres budistas, que de bem no mundo possuíam uma túnica, um cajado e um prato, costumavam dizer: "Uma coisa é o dedo que aponta a lua e outra coisa é a lua". Sábios eram estes homens. É preciso não confundir o dedo com a lua, nem se iludir com a abstração da lua. Muitas vezes, confundimos o nosso cinema que aponta o mundo com o mundo, da mesma forma que os pequenos macacos muitas vezes se afogam tentando apanhar a miragem da lua refletida na água de um lago. Confundir cinema com mercado é confundir o dedo com a lua. O mercado pode ser importante, muito importante, mas o mercado não é o cinema. Fazer obras tendo como parâmetro exclusivo apenas o possível gosto de um mercado imaginado, em sua abstração conservadora, é se afogar tentando apanhar a miragem da lua refletida na água. O mercado não pode ser um fim em si mesmo, antes deve ser um meio para a realização do homem, da mesma forma que o dedo é um meio que aponta a beleza da lua.


Um Brasil que se reinventa em cores e sonhos, em novas belezas e impossibilidades tornadas possíveis. O que aqui se reúne é uma nação diversa e unida, nestes tempos de pós-modernidades, em que o centro está em todos os lugares onde estão os homens e as mulheres em seus processos criativos. ... só o sonho é real. Sejamos realistas, vamos restituir o sonho ao cinema brasileiro. Para Glauber Rocha, "O sonho é o único direito que não se pode proibir. (...) Uma obra de arte revolucionária deveria não só atuar de modo imediatamente político como também promover a especulação filosófica, criando uma estética do eterno movimento humano rumo à sua integração cósmica". (...)
Caso alguém me pergunte o que é o Congresso Brasileiro de Cinema, eu direi: é um ritual de pajelança que acontece de dois em dois anos, para a gente se encontrar, guerrear e sonhar.

Lembro aqui, sem medo de falar em vão, que os sonhos são mais poderosos do que as utopias, já que os sonhos são feitos com a matéria da vida.


CONVITE

Nankin Editorial e Funalfa Edições
convidam para o lançamento dos livros

Aconselho-te crueldade (contos), de Fernando Fiorese,
&Viavária (poesia), de Iacyr Anderson Freitas,


a realizar-se no dia
24 de setembro (sexta-feira), a partir das 19 horas,na Livraria ZaccaraRua Cardoso de Almeida, 1356 - Perdizes
São Paulo - SP

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