Como Macbeth a tragédia shakesperiana ,
Rogério Sganzerla foi quem decifrou os enigmas da viagem fílmica de Orson Welles ao Brasil. Editando imagens encontradas em suas incansáveis pesquisas nos acervos das cinematecas do Rio e de São Paulo, com textos recolhidos, editados e ditos pelo próprio Welles, somado a outros declamados com elegância e sentimento profundo das histórias passadas, por Grande Otelo, ator e amigo de Orson durante o tempo que ele filmou no Brasil, o curto documentário, que eu não conhecia, e que me chegou através da internet, deixou-me encantado com o poder de síntese poética do meu querido amigo. Lembro-me que víamos os filmes do Welles como quem saboreava uma iguaria de sabor incomparável e conversávamos horas a fio sobre esse genial artista nos bares da Urca, bairro carioca onde o amigo morava. Como eu tinha um equipamento completo de filmagem 35mm e ainda por cima Welles estava vivo, tínhamos resolvido - só entre nós, como ele gostava de dizer, que iríamos a Los Angeles filmá-lo... Mas, pra variar, faltou produção (dinheiro), e o tempo levou de nós o Cidadão Welles e tempos depois partiu para o eterno o meu amigo Sganzerla. Ficou a obra. Infelizmente a cópia aqui mostrada não tem a qualidade fotográfica do original, tenho certeza, ,mas pode-se ver a grande magia, a maestria, a poesia anárquica, brasileiríssima, cinematográfica desses dois grandes artistas.
OS DOIS FILMES ESTÃO POSTADOS NA MINHA PÁGINA KTV http://www.settefilmes.blogspot.com/
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