(poema escrito em Londres em 1971)
EU SOU MAIS
UM ANJO
Da esquerda bacana
Notívago, fortuito, escabroso.
Me animo ao som amistoso do
UM ANJO
Da esquerda bacana
Notívago, fortuito, escabroso.
Me animo ao som amistoso do
JAZZ
A nata-negra da música americana
.
EU SOU MAIS
O SAMBA
Perdido sou braseiro
Aconchego de negro e mulata.
EU QUERO MAIS
Ser bamba como o pajé das matas.
Soturno como o candomblé que mata
No infortúnio do medo que ataca.
Ser xenômano em posições distintas
Parcimonioso com meu destino
Recriminando o instinto
Fazendo uma finta
Com o meu assassino.
VIVER MAIS
Com a fome do saber divino
Na fé de um povo novo
Com direitos - sem destino
Nesta reza maltrapilha
Mundo imundo mudo e tosco...
Lava minh’alma!
Leva meu corpo já morto!
Padece e acalma!
Este pobre moço.
MAIS DIREITO
Sou da direita, babaca!
Na vida é tudo ou nada.
Dinheiro é poder
Fama e vitória
É sempre vencer!
MAS DEFEITO
.
EU SOU MAIS
O SAMBA
Perdido sou braseiro
Aconchego de negro e mulata.
EU QUERO MAIS
Ser bamba como o pajé das matas.
Soturno como o candomblé que mata
No infortúnio do medo que ataca.
Ser xenômano em posições distintas
Parcimonioso com meu destino
Recriminando o instinto
Fazendo uma finta
Com o meu assassino.
VIVER MAIS
Com a fome do saber divino
Na fé de um povo novo
Com direitos - sem destino
Nesta reza maltrapilha
Mundo imundo mudo e tosco...
Lava minh’alma!
Leva meu corpo já morto!
Padece e acalma!
Este pobre moço.
MAIS DIREITO
Sou da direita, babaca!
Na vida é tudo ou nada.
Dinheiro é poder
Fama e vitória
É sempre vencer!
MAS DEFEITO
Um outro conceito estreito
Na força da pré-história
Quem tem medo de viver..
Morre sem saber a hora.
Na força da pré-história
Quem tem medo de viver..
Morre sem saber a hora.
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