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terça-feira, 25 de junho de 2013

POESIA

Jorge Admoestado        
Ricardo Rizzo

Veste, Jorge
a tua couraça
a tua justa couraça de luta.

A luta armada
De negro canhão:
repara como
de Lima converges
para outro santo
de mesmo gibão.

Foste crescido
humano ou pétala
nestas praças e ninhos

Recebeste o sinal
entre meninas e poeira
no barro gelado.

Um escondido carneiro.

Calça
os brios a veste
escavados
pela lança
que o abaterá.
Queima
entre os frios
das escamas
o fígado
deste impostor.

Fenderá teu punho
as vergonhas do monstro?

Apenas a vida
mesmo crivada
de cem flechas
              morrida
te enternece
                lutada
no corpo e na batalha
              perdida.



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