Política
na Província Caiçara
Informe
do jornal:
“
O Programa Político do PSOL é brega e o seu marqueteiro está nos devendo um
pouco mais de criatividade...”
Carta Aberta de Desagravo.
Três perguntas para varias respostas é o que devo dar ao
meu amigo Cabral, proprietário e editor do jornal diário Folha dos Lagos, que
deseja desconstruir com ironia o trabalho videográfico de um artista não
engajado na luta política em uma imprensa comprometida.
1. O
que vou dizer dos incautos que atribuem ao meu candidato uma votação pífia
nestas eleições de 2012?
2. O
que devo falar quando os eternos gozadores de plantão querem menosprezar o meu
trabalho na criação de um simples, mas sincero programa de três minutos e meio
para a televisão?
3. O
que posso pensar quando o diabo quer me oferecer lembranças e mesuras afetadas
a minha atuação como mensageiro de todos os contrários, quando só procuro midiatizar
o bom pensamento ideológico de um político de trajetória ascendente?
Meu caro jornalista, você pode anotar e depois me cobrar
que o candidato para quem estou trabalhando chegará ao mês de outubro vitorioso
em sua singela campanha a Prefeitura de Cabo Frio.
Saber ver é a maior característica de um cinematógrafo.
Saber escutar pertence aos bons ouvidos de um maestro. Saber falar é que
distingue o poeta do orador. A eloquência do silêncio e a facúndia do
palavrório, nos três sentidos, é a ferramenta dos enganadores, dos
desesperados, dos destemperados, dos inconformados e dos que sofrem de
anacroasia.
Não sou publicitário e não pretendo vender nenhum produto
nessa peleja de egos inflados e de marqueteiros que trabalham na frieza dos
seus produtos enlatados. Nada quero vender, por isso não pertenço a essa
contenda do que é o melhor e do que é o pior em relação direta àqueles que
vendem mais ou menos o seu produto, ao contrário, eu só quero mostrar a verdade
ou o que ela representa no simples contexto dessa eleição provinciana.
Sempre acreditei que uma peça de arte talhada na madeira
é mais cara e preciosa do que outras peças virtuais elaboradas nos mais
sofisticados computadores.
Faço o meu trabalho com arte me abstendo de firulas e
falsetes que o mundo eletrônico da publicidade pode oferecer. Acredito nos
olhos dos que enxergam mais, nos ávidos de leitura e saber, nos que querem a
verdade em tudo que nasce da arte e do homem.
Mas, meu caro jornalista, muito longe do seu niilismo em
relação ao meu trabalho, desconhecendo o que eu me propus a realizar - criar,
produzir, fotografar, dirigir, editar - está a minha mão, o dedo de um artista. Pois
ali, naqueles vídeos manifestos que você faz questão de não ver, tem alguma
coisa de diferente, não há como negar, por mais simples que ele possa te parecer.
Sem receio, digo-lhe que cafona é qualquer arabesco
advindo de complexos mundos artificiais, vistos, lidos e ouvidos, por cegos de
espíritos. Mas, por você ser um homem
sensível, ao ver novamente os meus pequenos vídeos ideológicos, sem as colorações
dos seus interesses, notará que eles têm mais força de comunicação que as longas
propagandas sofisticadas, ditas “criativas”, que nossos opositores pretendem
mostrar.
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