Primeiro Amor
Belo Horizonte 1968
O AMOR
Parado no espaço. No tempo. Dentro do fim. Refletindo sobre as vinte mil linhas escondidas no labirinto feminino do ideograma desconhecido
A VIDA
No que pese a natureza do Eu
No templo ígneo de mulheres destemidas
Prepara-se a trama aflita
A LIDA
O corpo me dói com o medo
Tudo aquilo que devo dar
Passar certo segredo
O MAR
No dia que o sol for primeiro
Demore a lua no céu de Alá
Observando o cruzeiro ali
OFIR
Do sul para o norte sem direção
Um cometa de mil raios se via
No fim mil mundos em vão
AGADIR
No meu coração o céu
biblioteca das ilusões
minha razão me diria:
ALEXANDRIA
Nesta louca brincadeira
pantagruélico banquete
bem doloroso seria
se não fosse gostoso comê-la.
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