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sábado, 24 de janeiro de 2009

Festa Brasileira


AMAXON

Já está definitivo na Internet,
o trailer do meu novo longa
metragem intitulado Amaxon
com Vera Barreto Leite e
Otávio III.

Assistam!

http://video.google.com/videoplay?docid=-9048805111654506440&hl=pt-BR

100% PHOENIX

Isabel Lacerda e Fabio Carvalho me dedicaram um curta-metragem de grande valor criativo, poético, cinematográfico. Fiquei emocionado pela qualidade da fotografia, da trilha e das performances de Isabel e do anão Charles de Velásquez , o big cozinheiro da arte. Não por ser dedicado aos três estilos de cinemas que eu faço: um é informal, misterioso e documental - a verdade em duelo com a mentira: Um Sorriso; 100%, O Rei do Samba. O outro é conceitual, feito das misturas das cores que se espalham pelas imagens respingadas da luta entre a prosa e a poesia cênica: Eu e os Anjos, Janela do Caos, Labirinto, o terceiro é manifesto de abstração poética em contraste com o delírio da prosa: Amaxon, Liberdade, Ver tigem, Encantamento, etc... O filme traz nos seus significantes todo o meu cinema em alguns minutos... Só tenho que agradecer. Mas as imagens que acabo da assistir fazem-me ressurgir da minha própria cinza. Tenho vontade de gritar: - Isto é mais que um vídeo, mais que um filme, é o mais belo dos cinemas!


ESTES SÃO OS LIVROS
QUE ANDO LENDO














A dança como arte da alegria,
da revolução e da liberdade.

Revendo todos os meus filmes, que já foram digitalizados e tentando transformá-los em outros arquivos que possam ser exibidos na internet, revivi quatro momentos dignos de nota. Posso até dizer que fui audaz no registro cinematográfico dos movimentos espetaculares de um corpo em equilíbrio entre a liberdade, a música e sua harmonia. Foram quatro encontros fílmicos com a dança como objeto de arte e de cena nos temas das minhas composições cinematográficas. No primeiro, que já está disponível no link KINEMA, intitulado Encantamento, vejo a dança das etnias, a dança brasileira, que retrata a miscigenação das três raças tristes através da música do genial Camargo Guarnieri, coreografada e bailada, de maneira única, pela talentosa bailarina Izabel Costa. Este primeiro encontro foi para mim a descoberta de um novo mundo, onde a liberdade misturada ao que é belo se apresenta com alegria propondo uma revolução cênica de multiplicação dos intérpretes – o um em todos. Trucagem! Só Izabel e o Mario poderiam imaginar tamanha ousadia. O segundo, o próximo a ser publicado neste blog, é sobre o poeta Murilo Mendes, Janela do Caos, onde também Izabel Costa cria a atmosfera modernista da dança para o jovem poeta do transistor e do serrote, com grande competência e saber. O terceiro, o mais mineiro de todos, Labirinto de Pedra, sob o velho Pedro Nava, é também Izabel que nos presenteia com um espetáculo de ninfas gregas bailando nos salões do Automóvel Clube de BH. Um momento raro e inesquecível para todos nós ali presente. Mas o quarto movimento é um momento quase indescritível. Pois ele é monumental como espetáculo e singelo em toda a sua beleza plástica. Grandioso na sua concepção cênica e inocente, puro, nas suas complexas coreografias, é uma revolução na arte de dançar e de interpretar a música. Falo do espetáculo Paisagens Imaginárias, uma homenagem de Izabel Costa e do Mario Drumond a John Cage e Isadora Duncan. Coreografado e dirigido por ela, escrito e produzido por ele e registrado, sob minha direção, Paisagens Imaginárias é hoje um precioso documento audiovisual sobre a dança e a música da vanguarda mundial. Enfim, em todos esses momentos que foram importantes na realização de minha obra cinematográfica, lá estavam três personagens, três guerreiros de muitas histórias contadas: Izabel Costa, Mario Drumond e o sensível artista da tela, do pincel, da precisão, do equilíbrio e dos segredos das técnicas, dos mistérios das cores, da mais pura luz a mais vazia e profunda sombra escondida no traço forte de seus desenhos, criador de uma obra extensa que eu muito admiro. Falo do amigo e artista Fernando Tavares. Como poderia esquecê-los na abertura desse meu pequeno espaço eletrônico dedicado ao movimento? Dedicado à cultura e a arte de se fazer o bom espetáculo da vida?

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