Na concorrida galeria de amigos que já partiram sobe o músico Ion Muniz. Mais um grande artista que se foi. Conheci o talentoso músico acompanhando do baterista e advogado Marcos André, logo após o meu curto exílio, por volta de 1974, quando freqüentei algumas vezes o apartamento do virtuoso pianista Aloísio Aguilar em Ipanema, onde também conheci o genial Edison Machado, o fotógrafo do filme Anchieta do Saraceni, Marco Bottina, o Sabonete e o expressivo artista, também fotógrafo de cinema Rogério Noel. Foi lá que encontrei esse grande músico e arranjador, flautista e saxofonista de primeira. Vale à pena conhecer os arranjos que ele fez para um dos últimos discos do cantor Agostinho dos Santos. Belíssimo trabalho que precisa urgentemente ser resgatado pela cultura brasileira. Ion Muniz, quando jovem, era um pândego na convivência diária. Maria Gladys, sua grande amiga, me convidou na época e fui gravar o som de um filme, uma comédia, que ela estava produzindo e dirigindo. Uma das suas cenas era o encontro de amor que ela tinha com Ion em seu apartamento onde concomitantemente rolava o ensaio de uma nova banda que nunca existiu de fato. Na banda a fina flor do musical carioca: João Donato, Ricardo Santos, Noveli, Edison Machado, Maciel e Ion – Tenho parte deste som gravado. Grande perda para nossa geração que ainda permanece incólume. Meu querido amigo, que há muito tempo não encontrava, vai deixar saudade
Um comentário:
Prezado José, permita-me dizer que o Aloisio é AGUIAR e não Aguilar e o Marco BOTTINO e não Bottina.Ana Lucia.
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