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terça-feira, 21 de abril de 2009

Poesia – Auto – Retrato - Precoce

Sou um artista moderníssimo que trabalho no presente com imagens, desenhos, películas, fitas, vídeo, arte e muito raramente cinema. Explico, ao possível leitor e ao desconhecido amigo, que este sonhador não pretende ser um poeta a mais neste mundo. Ele despreza esse mundo, suas convenções, suas regras e assim, muitas vezes incompreendido, é tratado mal e dito como um revoltado, um louco sem cura, pelas instituições política, sociais e culturais, que não conhecem o seu trabalho. Querem destruí-lo, antes pela força, agora pela miséria. Assim dedica a esses neófobos, só uma única edição, uma única metralha e nada mais. No passado, dedica à memória de uma velha senhora, uma intelectual rural nascida de família tradicional em Santa Cruz do Escalvado, pequena cidade no interior de Minas, essa coletânea de textos. Foi ela quem o conduziu pelos engenhosos mistérios da música, da poesia, da literatura e de todos os segredos das artes vividas. Essa senhora passou grande parte de sua adolescência trocando poesias com alguns dos mais interessantes brasileiros do início do século. São poemas e dedicatórias que aqui, audaciosamente ao seu lado, ele publica. Alguns textos políticos e datados desse autor foram escritos revolucionando a adolescência perigosa em uma época onde o Brasil insistia em lhe fazer sofrer.
No cinema, ele foi poesia em todas as imagens que até agora realizou. Continua insistentemente ainda filmando e se arrastando com destreza nas esquecidas histórias das terras brasileiras. Viajou no futuro, pois, como disse o poeta Murilo Mendes, só ele é moderníssimo.

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