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terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Pensamento político do PSOL de CABO FRIO

A INTELIGENTE E ESPERTA BLOGUEIRA CUBANA PRECISA ESCOLHER  MELHOR OS SEUS AMIGOS NO BRASIL...
RADICALIDADE E MUDANÇAS
A palavra radical vem do latim “radicale”, e etimologicamente, deriva da palavra raiz. No campo político “ser radical“ é encarado negativamente por diversos seguimentos da nossa sociedade, principalmente, por setores mais conservadores que abominam mudanças que possam abalar seus privilégios. Nós do PSOL – Partido Socialismo e Liberdade, fundado em 2005, a partir de um grupo divergente do PT, somos muitas vezes assim carimbados. Lembro da campanha presidencial de 2006, onde a ex-senadora Heloisa Helena recebia os elogios de inteligente, corajosa e honesta, mas era tachada de muito radical. O mesmo aconteceu com Plínio de Arruda Sampaio em 2010.
Guardada as devidas proporções, tal fato tem se repetido comigo e com os demais companheiros do partido quando participamos do processo eleitoral ou qualquer debate na mídia e nas redes sociais.
Somos militantes da esquerda socialista e opinamos sobre diversos fatos políticos e sociais que ocorrem em nossa cidade, nosso país e até no mundo, e também recebemos críticas por opiniões consideradas radicais.
Devido nossa formação política e ideológica, temos um olhar crítico sobre este modelo neoliberal e globalizante que querem nos impor como verdade absoluta e pensamente único.
O mais engraçado de tudo isso é que grande parte dessas pessoas que fazem críticas, quando perguntadas sobre o atual estado das coisas, principalmente, no campo político, reclamam e pedem mudanças. Fica a pergunta: que tipo de mudanças se fazem necessárias ?
Será que basta uma mudança “meia boca”, uma “melhorazinha “ aqui e outra ali ? Isso atende às nossas necessidades ? Qual a profundidade das mudanças que seriam realmente transformadoras ?
Ser radical não é ser negativo. É lutar por mudanças que possam atingir a raiz do problema. Encontrar soluções que possam mudar a vida das pessoas para melhor, de forma a impedir retrocessos.
Somos adjetivados como radicais por lutarmos por uma reforma política que possa restabelecer a ética e as boas práticas políticas. Por lutarmos por mudanças no modelo econômico que possam trazer mais igualdade e justiça social. Por combatermos com firmeza a corrupção, um câncer que atrasa o desenvolvimento do país. Por batalharmos pela total transparência no trato com a coisa pública. Por acharmos que o capital humano tem que estar acima do capital financeiro. Que o desenvolvimento tem que estar subordinado a preservação ambiental, respeitando o planeta e as futuras gerações.
No plano municipal, somos radicais por lutarmos contra um modelo de gestão que enriquece há décadas uma elite política em detrimento da maior parte da população que não é atendida com políticas públicas eficazes na saúde, educação, habitação e geração de emprego.

No atual estágio, não cabem mais meias-medidas. Precisamos de mudanças profundas que só virão com muita luta e participação popular. Precisamos atacar a raiz de todas essas situações, senão, ficaremos no terreno das “melhorazinhas”, dependendo da “ajuda e favores” de quem não quer mudar coisa alguma.

José Sarney, Renan Calheiros, Serra, Paulo Maluf, Dilma, Lula, FHC, Sergio Cabral, Jânio Mendes, Marquinhos, Alair Correa e outros em nosso Estado e Município se orgulham de não serem radicais, querem que tudo permaneça como está. Querem que você acredite que tudo é assim mesmo e que agentes políticos são todos iguais.

De minha parte, vou continuar sendo radical. Vou continuar lutando pela cidadania plena e participativa. Eu sou um daqueles teimosos que se recusam a abandonar seus sonhos e suas utopias. Pessimismo da razão e prática da vontade, ensinava Gramsci há muito tempo atrás.

“ Um sonho quando sonhados por muitos e ao mesmo tempo, torna-se uma inevitável realidade”.
Raul Seixas

Cláudio Leitão é economista e membro da executiva municipal do PSOL em Cabo Frio.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

POLITICA


Zapata e Gramsci em uma Ilha do Caribe
Dois personagens, talvez três, uma história comum, e o que me cabe fazer por um dever de consciência. Os personagens: Emiliano Zapata, e Antônio Gramsci.

Emiliano Zapata, revolucionário que lutou contra uma sociedade proto-capitalista e, em muitos aspectos, feudal e escravagista no México.
Antônio Gramsci, filósofo italiano, dono de uma poderosa verve anti-fascista. 
Zapata lutou no México para depor Porfírio Diaz e seu  movimento foi o principal responsável pela deposição do regime. Muitos se apoiaram em Zapata para, na verdade, chegarem ao poder. Quando chegaram, buscaram consolidar no México um capitalismo liberal, que não desescravizava os índios, não fazia a reforma agrária e não oferecia serviços públicos à população.
Zapata mantêm seu exército ativo e é assassinado por um dos que se apoiaram nele para chegar ao poder.  Quando a morte de Zapata foi anunciada ao então presidente Carranza, este perguntou se o cavalo de Zapata também havia sido morto. E porque será que ele fez esta pergunta ?
Porque por mais que um cavalo não conseguisse organizar um exército, o fato de manter vivo o elemento que traria à memória das pessoas a figura de Emiliano Zapata poderia manter a chama revolucionária acesa.
Cuba é o cavalo de Zapata. O comunismo já não tem nenhuma capacidade de seduzir as novas gerações. O capitalismo e a sua corrida desenfreada pela sociedade do consumo está absolutamente seguro. O comunismo é hoje apenas um utópico sonho de igualdade, e isto é tudo o que permitem que se pense sobre o comunismo: um utópico sonho delirante de igualdade. Por isso, é preciso destruir Cuba, assim como era preciso matar o cavalo de Zapata. Porque Cuba, se viva, poderá mostrar que a coisa não é bem assim.
A ilha já não tem mais condições de responder a toda a sorte de propaganda capitalista que fazem contra ela, desde livros enganosos, bem montados e bem apresentados, o que faz com que se pareçam documentos históricos irrefutáveis, até o patrocínio de blogueiras artificiais, que passaram anos fora da ilha, onde, inclusive, foram absorvidas pelo sistema capitalista para servir de contra propaganda ao governo cubano.
Uma coisa é certa, é preciso destruir Cuba para que não sobre vestígios reais de que um outro mundo poderia ser construído. Um mundo sobre um modo de produção não capitalista, mais humano e solidário. É preciso destruir Cuba, como foi preciso matar o cavalo de Emiliano Zapata.
Antonio Gramsci, filósofo italiano já do século XX nos deixa o seguinte ensinamento:
"A sociedade burguesa sempre deu muita atenção às suas instituições e aos seus mecanismos políticos .... É por isso que a ordem política tornou-se um meio poderoso de reforçar a hegemonia burguesa, de modo que palavras como defesa da República, ou defesa da democracia, ou defesa dos direitos civis e das liberdades unem dominadores e dominados, mas no benefício primordial dos dominadores". (citado por Eric Hobsbawn, no livro Como Mudar o Mundo).
Esmiuçando a frase, fica claro que esta democracia, pretensamente defendida por nós , os dominados, é apenas uma democracia ilusória, pois ela atende, na verdade, aos interesses dos dominadores, ou seja, dos ricos e poderosos.
Falei, no início do texto, do meu dever de consciência, e era tão somente este: tentar mostrar aos mais novos e àqueles que se interessarem, independentemente da idade, as análises e os pensamentos de pessoas que o sistema propositalmente ignora. E ignora no interesse de que você, leitor, possa achar o que eles querem que você ache. Não lhes dão as ferramentas para formar um juízo crítico. Estudar estas coisas, hoje em dia, é fora de moda, não passa na televisão, não vai ser dito pelo William Bonner, e nem você, garoto, vai ganhar nenhuma namorada com este papo, assim como, nenhuma garota vai conquistar algum namorado.
Eles não querem que você leia muita filosofia ou muita história. Querem que você fique na literatura jornalística, nos "romances com base histórica", a partir dos quais eles empurram as suas teses. Quais teses? Algumas. Por exemplo, a tese de que Cuba não presta, de que o cavalo de Zapata tem que ser assassinado, e de que Julian Assange, do Wikileaks, é um sexopata.
Ah... o Julian Assange entra aqui como o terceiro personagem do meu texto que tenta  mostrar como se monta esta farsa do capitalismo. Por isso, no início dele, eu escrevi que dois, ou talvez três personagens fizessem parte desta matéria.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

NOTÍCIAS

DUCA RODRIGUES E RONALDO BRANDÃO NO UM FILME 100% BRAZILEIRO
Entrevista

Com o meu ator predileto Ronaldo Brandão. http://hojeemdiardp2.digitalpages.com.br/html/reader/93/8676

Datas a serem lembradas

FEVEREIRO 2013
1 de fevereiro, Camargo Guarnieri (1907) estaria completando 106 anos.
6 de fevereiro, Padre Antonio Vieira (1608) estaria completando 407 anos.
8 de fevereiro, James Joyce (1882) estaria completando 121 anos.

MARÇO
 5 de março, Villa-Lobos (1887) estaria completando 126 anos.
14 de março, Castro Alves (1847) estaria completando 166 anos.
14 de março, Glauber Rocha (1939) estaria completando 74 anos.
25 de março, Mário Peixoto (1908) estaria completando 105 anos.

Em Memória

Graças à imprensa imbecil do Rio de Janeiro, eu só soube nessa semana que faleceu em Brasília, aos 66 anos de idade, meu amigo, o porto-alegrense Jota Pingo, Carlos Augusto de Campos Velho, irmão mais novo do ator Paulo César Peréio. Ele trabalhou, juntamente com o seu irmão, em 1985, no meu filme sobre o poeta francês Blaise Cendrars (Um Filme 100% Brazileiro - depois publico uma foto de cena com o seu personagem) fazendo o personagem Febrônio Índio do Brasil, o primeiro preso do manicômio judiciário do Rio de Janeiro escrito pelo poeta em sua visita ao Brasil em 1922. Multifacetado, foi deputado distrital em Brasília e ator de teatro a partir da segunda metade dos anos 1960. Quando surgiu o movimento hippie-psicodélico, mudou seu nome para Jesus Pingo Azul, irreverente que era. Uma figura. Cumpridão, cabelão, muito sensível, sempre estava completamente louco.
Eu estava numa noite de 1982, em Brasília, na estreia da peça de Pingo, "O Último Rango". Fazia um bom tempo que o ator estava fora dos palcos e a expectativa era grande. Anos antes, Jota Pingo (1946-2012) - atuara no "Hair", uma espécie de clichê que o acompanhava sempre que se queria dar a ficha do grandão de olhos luminosos que em qualquer situação surpreendia. No começo da noite, em um teatro, uma espécie de barracão na W2, em Brasília, Pingo estreou seu espetáculo teatral. Poucos carros passavam. Uma pequena  fila se formou, à espera da abertura da bilheteria. Apareceram os membros da trupe com canequinhas de alumínio, que foram distribuindo pela fila. A canequinha vinha cheia de cachaça, um porre generalizado. No fim, aos poucos, as pessoas vão saindo, vão saindo, vão saindo, vão saindo... Aí o Jesus, saia do palco e improvisava: “E eu não aguento mais, porra!” E sai também desesperado.
Até breve meu amigo!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

TRIBUNA


Como usar a riqueza do nióbio em benefício da nação brasileira

Roberto Ilia Fernandes
Detentor de quase 99,00% das jazidas mundiais de nióbio o Brasil se encontra diante de um dilema: o que fazer, frente ao quadro atual, de descaminhos, de subfaturas e de contrabando quase explícito dos jazimentos de nióbio? O que fazer para gerenciar toda essa riqueza? Abaixo, elencarei algumas sugestões que penso serem factíveis de se implementar:
1) Criação, urgente, do Marco Regulatório do Nióbio! A exemplo do Marco Regulatório do Petróleo do Pré-Sal, esse novo ordenamento irá administrar as atuais concessões de lavras já existentes (Catalão, Araxá e Presidente Figueiredo) e implantar regras para a exploração daquela que é considerada o Pré-Sal do Nióbio: a megajazida do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira – AM;
2) No tocante às lavras já existentes, o marco regulatório deveria atacar o principal gargalo que causa enormes prejuízos ao Brasil: o subfaturamento. E como fazer? Não há uma receita pronta, mas talvez um bom começo seria fixar a cotação do nióbio em uma Bolsa de Commodities.
3) Para não gerar insegurança jurídica no mercado de nióbio, não há que se falar em expropriações, mas em controles efetivos sobre a cadeia do nióbio, para, inclusive, aumentar a receita das mineradoras que manufaturam o nióbio, a exemplos das ligas de ferro/nióbio;
3) Em relação às jazidas inexploradas (Morro dos Seis Lagos, Raposa Serra do Sol, dentre outras a serem confirmadas), poder-se-ia aplicar regramento análogo ao dos hidrocarbonetos do Pré-Sal: o sistema de partilha, onde a União, detentora dos jazimentos, contrataria e remuneraria as mineradoras para explorá-lo;
4) A criação da Universidade do Nióbio – esse sim, o pulo do gato na defesa da exploração racional e soberana do nióbio brasileiro! Seria um centro de excelência mínero-metal-mecânico, a pesquisar desde novas ligas de nióbio até a sua aplicação em áreas vitais para a soberania nacional, tais como: seu uso na computação quântica, seu uso nos processos de termofusão nuclear, engenharia espacial, ligas refratárias para aplicação em turbinas, dentre outras.

ECONOMIA


A falta do Estado torna a todos, prematuramente, órfãos de pai e mãe.
O meu estado é de total desespero e absoluto medo de faltar o pão.
Não há cachorro nem caça; nem sonho, nem nada...
Jose Vieira

Tirania financeira

1. Michael Hudson, professor da Universidade Misouri-Kansas, escreveu  excelente artigo, “O enganoso abismo fiscal dos EUA em 2012”.  A enganação diz respeito a  que o déficit orçamentário não precisaria existir (mas existe) e às suas reais causas.
2. Ele está em US$ 14 trilhões, o equivalente a quase um PIB anual dos EUA e menos que seu governo gastou para salvar os bancos. Nouriel Roubini aponta que o recente acordo entre Obama e parlamentares do partido “republicano” prenuncia novo colapso, pois prevê reduções fiscais, e não há como abrir mão de receitas tendo que cobrir um déficit dessa magnitude.
3. Os economistas do sistema clamam que, para reduzir os déficits públicos, há que: 1) cortar despesas sociais, obrigando os trabalhadores a financiarem seus planos de saúde e aposentadorias; 2) fazer que o Estado deixe de investir nas infra-estruturas econômicas e sociais; 3) demitir servidores; 4) privatizar as propriedades e os serviços públicos.

4. O Brasil seguiu, mais de uma vez,  esse caminho, o que intensificou os malefícios da desnacionalização, encetada em 1954, e causa primordial de o País estar muito atrás de países, antes, muito mais pobres.  O serviço da dívida e as privatizações acabaram de inviabilizar o desenvolvimento, de modo irreversível até que sejam substituídas as atuais estruturas econômicas e políticas.

5. A Europa - desprovida de soberania -  pois o Banco Central não emite moeda para  financiar os países membros, arruína-se através das políticas de “austeridade”, que agravam a depressão a pretexto de reduzir os déficits públicos gerados pelo colapso dos derivativos. 

6. Os EUA só não estão de todo afundados, por empregarem a força para obrigar produtores de petróleo a vendê-lo em dólares e por emitirem-nos à vontade para pagar importações e o serviço da dívida.

7. Os analistas não submissos mostram que os déficits não provêm das despesas sociais nem dos investimentos públicos nas infra-estruturas. Na verdade, os orçamentos do Estado foram onerados pelas operações de socorro aos grandes bancos, que ficaram em dificuldades quando os derivativos se revelaram títulos podres, após terem gerado lucros fantásticos para seus controladores.

8. Em suma, a oligarquia financeira, dona desses bancos e de outras indústrias dominantes, comanda, através de títeres políticos, os governos das “democracias”, bem como os formadores de opinião em  cátedras e nos meios de comunicação.

9. Ela subordina a todos, por meio das  políticas fiscal e monetária. Os 0,01% da oligarquia (incluindo executivos) são privilegiados por isenções fiscais e como credores, com o endividamento do Estado e de mais de 90% da população.

10. Por isso não admitem que os Tesouros nacionais emitam moeda para financiar o de que precisa a economia. Criou-se a mentira – aceita como verdade – que isso seria inflacionário. O sistema exige que o próprio o Estado, endividado por ter socorrido os bancos, dependa do crédito deles.

11. O cartel dos bancos, nos EUA, recebe dinheiro emitido pela Reserva “Federal” a juros de 0,25% aa, muito abaixo da taxa da inflação, e aplica em títulos especulativos e nos de países, como o Brasil e a Austrália, que se deixam tosquiar pagando juros elevados nos títulos públicos.

12. Como assinalei em artigo, “No Limiar de 2013”, não interessa à oligarquia acabar com a depressão, que dela se serve para quebrar o poder e a resistência de quantos pretendam equilibrar a sociedade e promover seu bem-estar.

13. O orçamento equilibrado é um dos instrumentos ideológicos para arranjar depressões. Falam da economia como se esta devesse ser gerida por quitandeiros ou políticos demagogos, na linha de Cícero (século I AC): “não gaste mais do que arrecada”.

14. Michael Hudson recorda que as depressões coincidiram com períodos de superávit orçamentário. Este precedeu e/ou acompanhou as seis  depressões iniciadas em 1819, 1837, 1857, 1873, 1893 e 1929.  A atual, iniciada em 2007, é efeito retardado dos superávits de Clinton (1998/2001), postergada  em consequência das bolhas da internet e dos imóveis residenciais, com  inusitada explosão do crédito.

15. Quanto mais obtém maior concentração de riqueza – reduzindo assim o poder relativo inclusive dos ricos fora do topo da pirâmide – mais a oligarquia se converte em tirania.

16.  Discordo de  Hudson quando conclui que isso é não é capitalismo, mas sim feudalismo. Na verdade, o capitalismo converte-se em algo pior que o feudalismo,  porque nele não há limites à concentração.

17. Quanto ao Brasil, lembrou, há pouco, Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES:  "Não estamos sequer reproduzindo a República Velha. Esta República atual praticamente universalizou a desnacionalização."

18.  Enquanto isso,  o  sugado povo brasileiro é distraído pelo “combate à corrupção”, como se essa não fosse sistêmica. Milhões indignaram-se com o mensalão e aplaudem o STF.

19. Entretanto, até hoje, dormem, engavetados nos tribunais superiores, os processos em foi provada a colossal roubalheira das privatizações (Vale Rio Doce, elétricas, telecomunicações,  siderúrgicas,  bancos estaduais), após  terem esses tribunais cassado as liminares concedidas para sustá-las. Elas já completaram, impunes e consolidadas, quinze anos em média.

20. Mais tragicômico:  os atuais “governantes”, além de nada terem feito para mudar a triste estrutura formada conforme o  Consenso de Washington,  usam o BNDES e a política fiscal para cevar ainda mais os concentradores, principalmente transnacionais, que desviam  renda nacional, em quantias crescentes, para o exterior.

21. Isso é pouco para a mídia e demais alienados -  antinacionais, desde antes do primeiro golpe contra Getúlio Vargas, 1945. Trabalham pela volta dos perpetradores do desastre em mega-doses.  Mais:  mesmo fora dos dois partidos ocupantes do Planalto nos últimos 18 anos, falta espaço, sob as instituições presentes, para lideranças capazes de oferecer alternativa real. 

Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

REVOLUÇÃO SOCIAL

O BRASIL PRECISA DE UM REFORMA GERALL
 UMA REFORMA DE BASE COMO QUERIA O PRESIDENTE JOÃO GOULART 50 ANOS ATRÁS


"Toda convicção é uma prisão"
                *Nietzsche*


A TRIBUTAÇÃO É SÓ UMA DELAS... VEJA A TABELA ABAIXO:

Percentual de Tributos no BRASIL sobre o "Preço Final"

Passagens aéreas
8,65%
Transporte Aéreo de Cargas
8,65%
Transporte Rod. Interestadual Passageiros
16,65%
Transporte Rod. Interestadual Cargas
21,65%
Transp. Urbano Passag. - Metropolitano
22,98%
Vassoura
26,25%
CONTA DE ÁGUA
29,83%
Mesa de Madeira
30,57%
Cadeira de Madeira
30,57%
Armário de Madeira
30,57%
Cama de Madeira
30,57%
Sofá de Madeira/plástico
34,50%
Bicicleta
34,50%
Tapete
34,50%
MEDICAMENTOS
36%
Motocicleta de até 125 cc
44,40%
CONTA DE LUZ
45,81%
CONTA DE TELEFONE
47,87%
Motocicleta acima de 125
49,78%
Gasolina
57,03%
Cigarro
81,68%
PRODUTOS ALIMENTÍCIOS BÁSICOS

Carne bovina
18,63%
Frango
17,91%
Peixe
18,02%
Sal
29,48%
Trigo
34,47%
Arroz
18,00%
Óleo de soja
37,18%
Farinha
34,47%
Feijão
18,00%
Açúcar
40,40 %
Leite
33,63%
Café
36,52%
Macarrão
35,20%
Margarina
37,18%
Margarina
37,18%
Molho de tomate
36,66%
Ervilha
35,86%
Milho Verde
37,37%
Biscoito
38,50 %
Chocolate
32,00%
Achocolatado
37,84%
Ovos
21,79%
Frutas
22,98%
Álcool
43,28%
Detergente
40,50%
Saponáceo
40,50%
Sabão em barra
40,50%
Sabão em pó
42,27%
Desinfetante
37,84%
Água sanitária
37,84%
Esponja de aço
44,35%
PRODUTOS BÁSICOS DE HIGIENE

Sabonete
42%
Xampu
52,35%
Condicionador
47,01%
Desodorante
47,25%
Aparelho de barbear
41,98%
Papel Higiênico
40,50%
Pasta de Dente
42,00%
MATERIAL ESCOLAR

Caneta
48,69%
Lápis
36,19%
Borracha
44,39%
Estojo
41,53%
Pastas plásticas
41,17%
Agenda
44,39%
Papel sulfite
38,97%
Livros
13,18%
Papel
38,97%
Agenda
44,39%
Mochilas
40,82%
Régua
45,85%
Pincel
36,90%
Tinta plástica
37,42%
BEBIDAS

Refresco em pó
38,32%
Suco
37,84%
Água
45,11%
Cerveja
56,00%
Cachaça
83,07%
Refrigerante
47,00%
CD
47,25%
DVD
51,59%
Brinquedos
41,98%
LOUÇAS

Pratos
44,76%
Copos
45,60%
Garrafa térmica
43,16%
Talheres
42,70%
Panelas
44,47%
PRODUTOS DE CAMA, MESA E BANHO

Toalhas - (mesa e banho)
36,33%
Lençol
37,51%
Travesseiro
36,00%
Cobertor
37,42%
Automóvel
43,63%
ELETRODOMÉSTICOS

Sapatos
37,37%
Roupas
37,84%
Aparelho de som
38,00%
Computador
38,00%
Fogão
39,50%
Telefone Celular
41,00%
Ventilador
43,16%
Liquidificador
43,64%
Batedeira
43,64%
Ferro de Passar
44,35%
Refrigerador
47,06%


Microondas
56,99%
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

Fertilizantes
27,07%
Tijolo
34,23%
Telha
34,47%
Móveis (estantes, cama, armários)
37,56%
Vaso sanitário
44,11%
Tinta
45,77%
Casa popular
49,02%
Mensalidade Escolar
37,68% (ISS DE 5%)


ALÉM DESTES IMPOSTOS, VC PAGA DE 15% A 27,5% DO SEU SALÁRIO A TÍTULO DE IMPOSTO DE RENDA,PAGA O SEU PLANO DE SAÚDE, O COLÉGIO DOS SEUS FILHOS, IPVA, IPTU, INSS, FGTS ETC.

Isso está aí há muitos anos e ninguém faz nada para mudar!!!

Até quando vamos aceitar essa roubalheira? Até quando vamos trabalhar para sustentar essa corja de corruptos?Acredito que enquanto o povo não se mobilizar para uma revolução interna ELES continuarão nos fazendo de escravos. Pois para ELES é isso que somos.