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domingo, 31 de janeiro de 2010

Memória de um astronauta

Equipe durante as filmagens de AMAXON em Cabo Frio O ANO
1948
Poderia ter sido
1918
A DESCOBERTA
1968
A REVOLTA
2001
O FUTURO
2012
O FIM

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Loucura pouca é bobagem...

Diálogos ocultos sobre a terra

No Brasil o nosso cinema não tem a tradição dos filmes de ficção-científica.
Talvez porque, sejamos sempre mais preocupados com a difícil situação econômica de nosso miserável povo, do que com o deleite das experiências dos laboratórios que estudam e criam as possibilidades futuras do nosso planeta.
Só as grandes potências mundiais e o seu cinema é que se interessa por esse tema tão rico em conhecimento e sabedoria.
Assim vamos, via internet, nos familiarizando com toda essa loucura vinda do espaço que vai se tornando, juntamente com a ecologia, os grandes temas das palestras e congressos que acontecem mundo afora sobre como podemos salvar-nos deste caos cosmogônico que invadiu a terra.

Parte 01

http://www.youtube.com/watch?v=qXzm8adzZsc
parte 02


parte 03


parte 04

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

UM FILME 100% BRAZILEIRO

Wilson Grei passeia pelos telões pintados para o filme por Osvaldo Medeiros e Gilberto Abreu

Está é a grande notícia do Rio de Janeiro:

Está praticamente acertado a exibição de grande parte de minha cinematografia (doze filmes) no Centro Cultural Banco do Brasil, em março, durante a Mostra Livre de Cinema. Consegui, com a organização da Mostra, a digitalização do Filme 100% Brazileiro, ficando de fora e ainda perdidos, cinco filmes de curta metragem e o documentário A Casa das Minas.

Observação sobre o Blog:

Peço desculpa pelos erros ortográficos cometidos. Assim que relendo o texto consigo descobri-los faço a correção. As vezes me envergonho com tamanho equívoco e não consigo entender como isso acontece. É como disse minha amiga Ana Lúcia em emeio irônico: “Pelo amor de deus! Você está ficando gagá?” Querida Ana, Para não passar como analfabeto, gagá e sem o amor de deus, nomeio você minha corretora de texto oficial. Um anjo da guarda do léxico esquecido. É que a pressa é minha inimiga e o erro minha sina. Mas relendo descobri que você tem razão, ainda mais sendo um texto de Shakespeare. Não podemos envergonhar o Bardo. Obrigado...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Loucura pouca é bobagem...

Os mistérios continuam
A Guerra dos Mundos.

Sempre fui um aficionado por filmes futuristas, expressionistas, onde a linguagem era o amanhã, seja esteticamente poesia ou mesmo prosa, nada é mais popular do que isso. Quanto mais oculto, misterioso, adivinhatório é a manifestação do artista criador, mais eu me encanto e tudo me seduz; do sujo e do malfeito ao limpo e genial; do feio ao belo; do figurativo ao abstrato mais inverossímil; enfim, sempre retiro dessas obras coisas boas, boas descobertas, e me divirto sempre. Assim segue aos leitores essa nova seqüência de links do youtube com 11 filmetes sobre um mesmo tema.

Parte 01

parte 02


parte 03


parte 04


parte 05


parte 06

parte 07


parte 08


parte 09


parte 10


parte 11

domingo, 24 de janeiro de 2010

O Haiti é ali...

Recebi esse texto elucidativo e verdadeiro sobre o Haiti.
Este país valoroso que passa nestes momentos da sua história por mais uma tragédia social que os poderosos do céu e da terra vêm perpetuando nesta terra negra de guerreiros incansáveis.

Os Pecados do Haiti
por Eduardo Galeano
A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida, esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou. Depois de haver posto e retirado tantos ditadores militares, os Estados Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história doHaiti e que tivera a louca ideia de querer um país menos injusto.
O voto e o veto
Para apagar as pegadas da participação estado-unidenses na ditadura sangrentado general Cedras, os fuzileiros navais levaram 160 mil páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe permissão para recuperar o governo, mas proibiram-lhe o poder.

O seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, mas mais poder no Haiti do que Préval tinha qualquer chefete de quarta categoria do Fundo Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha elegido nem sequer com um voto.

Mais do que o voto, pode o veto.

Veto às reformas: cada vez que Préval, ou algum dos seus ministros, pedia créditos internacionais para dar pão aos famintos, letras aos analfabetos ou terra aos camponeses, não recebe resposta, ou respondem ordenando-lhe:- Recite a lição.

E como o governo haitiano não acaba de aprender que é preciso desmantelar os poucos serviços públicos que restam, últimos pobres amparos para um dos povos mais desamparados do mundo, os professores dão o exame por perdido.

O álibi demográfico

Em fins do ano passado, quatro deputados alemães visitaram o Haiti. Malchegaram, a miséria do povo feriu-lhes os olhos. Então o embaixador daAlemanha explicou-lhe, em Port-au-Prince, qual é o problema: - Este é um país superpovoado, disse ele. A mulher haitiana sempre quer e o homem haitiano sempre pode. E riu. Os deputados calaram-se.

Nessa noite, um deles, Winfried Wolf, consultou os números. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país mais superpovoado das Américas, mas está tão superpovoado quanto a Alemanha: tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilômetros quadrado.

Durante os seus dias no Haiti, o deputado Wolf não só foi golpeado pelamiséria como também foi deslumbrado pela capacidade de beleza dos pintores populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está superpovoado..., de artistas.

Na realidade, o álibi demográfico é mais ou menos recente. Até a alguns anos, as potências ocidentais falavam mais claro.
A tradição racista

Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934. Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objetivos: cobrar as dívidas do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de governar-se a si própria, que tem "uma tendência inerente à vida selvagem e uma incapacidade física de civilização". Um dos responsáveis da invasão,William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz: "Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam deixado os franceses".O Haiti fora a pérola da coroa, a colônia mais rica da França: uma grande plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das leis, Montesquieu havia explicado sem papas na língua: "O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até a cabeça e têm o nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma e sobretudo uma alma boa num corpo inteiramente negro". Em contrapartida, Deus havia posto um açoite na mão do capataz. Os escravos não se distinguiam por sua vontade de trabalhar. Os negros eram escravos por natureza e vagos também por natureza, e a natureza, cúmplice da ordem social, era obra de Deus: o escravo devia servir o amo e o amo devia castigar o escravo, que não mostrava o menor entusiasmo na hora de cumprir com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia retratado o negro com precisão científica: "Vagabundo, preguiçoso,negligente, indolente e de costumes dissolutos". Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o negro "pode desenvolver certas habilidades humanas, tal como o papagaio que fala algumas palavras".
A humilhação imperdoável

Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca.

O Haiti foi o primeiro país livre das Américas.

Os Estados Unidos haviam conquistado antes a sua independência, mas tinha meio milhão de escravos a trabalhar nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os negros foram, são e serão inferiores. A bandeira dos homens livres levantou-se sobre as ruínas. A terra haitiana fora devastada pela monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da guerra contra a França, e um terço da população havia caído no combate. Então começou o bloqueio. A nação recém nascida foi condenada à solidão. Ninguém lhe comprava, ninguém lhe vendia, ninguém a reconhecia.

O delito da dignidade

Nem sequer Simón Bolívar, que tão valente soube ser, teve a coragem defirmar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar havia podido reiniciar a sua luta pela independência americana, quando a Espanha já o havia derrotado, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano havia-lhe entregue sete nave e muitas armas e soldados, com a única condição de que Bolívar libertasse os escravos, uma ideia que não havia ocorrido aoLibertador. Bolívar cumpriu com este compromisso, mas depois da sua vitória, quando já governava a Grande Colômbia, deu as costas ao país que o havia salvo. E quando convocou as nações americanas à reunião do Panamá, não convidou o Haiti, mas convidou a Inglaterra.
Os Estados Unidos reconheceram o Haiti apenas sessenta anos depois do fim daguerra de independência, enquanto Etienne Serres, um gênio francês da anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque têm pouca distância entre o umbigo e o pênis.

Por essa altura, o Haiti já estava em mãos de ditaduras militares carniceiras, que destinavam os famélicos recursos do país ao pagamento da dívida francesa.

A Europa havia imposto ao Haiti a obrigação de pagar à França uma indenização gigantesca,
a modo de perda por haver cometido o delito da dignidade.

A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de tragédia, é também uma história do racismo na civilização ocidental.

sábado, 23 de janeiro de 2010

De volta ao mundo...


TERRA

Continuando as minhas viagens pelo espaço cibernético, deparei-me com um documentário de longa-metragem intitulado HOME. Esse documentário ecológico, de estética clássica, tem as mais belas seqüências de imagens aéreas que eu já assisti. Com uma fotografia de qualidade impressionante, em se tratando de internet e do seu tempo de projeção, ele, durante 80 minutos de sua projeção, coleta quadros abstratos de paisagens vivas, provocando visões que nos faz ver, de maneira singular, através dos ângulos da câmera, pelos seus enquadramentos em suaves movimentos espetaculares, quase todas as regiões do planeta. Comecei assisti-lo com o som original (em inglês), mas pela superioridade das imagens, desliguei o som e comecei a exibi-lo mudo ouvindo no CD a música de Villa-Lobos, Floresta do Amazonas... Eu voei livre como um pássaro por cenários nunca antes visitados. Experimente!

http://www.youtube.com/watch?v=jqxENMKaeCU

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

LOUCURA POUCA É BOBAGEM!

“Há mais mistérios entre o céu e a terra do que supõe a nossa vã filosofia”
W.Shakespeare

O universo de informações que a internet nos proporciona é incomensurável.
Viajamos pelo único espaço livre dos interesses mercadológicos que hoje regem os suportes midiáticos em todo mundo.
Por esse meio temos acesso a tudo aquilo que os poderosos tentam, de todas as maneiras, nos esconder, tornar oculto ou secreto, a nossa inteligência e ao nosso desenvolvimento cultural, científico, político e social.
Outro dia, procurando dar continuidade a pesquisa que iniciei em busca do conhecimento e do saber sobre a física quântica, me deparei com uma palestra de um tal Alex Collier, feita na cidade de Barcelona.
Não é que eu acreditei em tudo o que ele disse, mas que suas informações são pertinentes ao momento conturbado em que estamos vivendo, disso eu não tenho dúvidas.
Assim sendo resolvi passar para os meus leitores as palavras, muitas vezes sábias, deste americano visionário que tenta alertar a todos nós sobre um futuro apocalíptico que o homem está criando e desenvolvendo com o auxílio de forças ocultas vindas de outras galáxias.

http://www.youtube.com/watch?v=t9DzENH9ARg&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=iOVpy_zSBRM&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=7pntGArdIJ0&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=QGVZWhJINDg&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=j9FiP9eOfVY&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=3JncQtzxFgg&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=oSbcOGGiOq8&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=oSbcOGGiOq8&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=4u1WVuLuse0&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=jeaP_-MOPoA&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=Lm6q0JAY2ak&NR=1
http://www.youtube.com/watch?v=1xSJ_eJbpdw&NR=1

E para complementar e ilustrar tudo isso segue o link abaixo aonde podemos ver um dos experimentos americanos durante a segunda grande guerra e de como a mídia televisiva americana manipula e tenta destruir todos aqueles que querem trazer a tona verdades que ainda permanecem cobertas pelo manto obscuro da mentira.

http://www.youtube.com/user/deusmihifortis#p/a/27E96D617C3EBD24/0/NwibCXkXLBU

"Só existem duas coisas infinitas no mundo: o universo e a estupidez humana".

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Poesia

Morte de Antônio Conselheiro - Canudos EUCLIDES DA CUNHA

Página vazia

Quem volta da região assustadora

De onde eu venho, revendo inda na mente

Muitas cenas do drama comovente

Da Guerra despiedada e aterradora,

Certo não pode ter uma sonora

Estrofe, ou canto ou ditirambo ardente,

Que possa figurar dignamente

Em vosso Álbum gentil, minha Senhora.

E quando, com fidalga gentileza,

Cedestes-me esta página, a nobreza

Da vossa alma iludiu-vos, não previstes

Que quem mais tarde nesta folha lesse

Perguntaria: “Que autor é esse

De uns versos tão mal feitos e tão tristes”?!!

Obs.: Esses versos faziam parte de um álbum da jovem Francisca Praguer Fróes, que ganhou o poema do então engenheiro e jornalista — de volta da “região assustadora” (leia-se Canudos) no dia seguinte de seu retorno à capital baiana, conforme ele datou abaixo da assinatura: 14 de outubro de 1897.

sábado, 16 de janeiro de 2010

Notas para o futuro

Rio Tibre em Roma tendo ao fundo a catedral de Pedro e do Papa Gosto de comentar nesse blog as coisas alvissareiras que passam pelos meus dias observados. Faço amanhã 62 anos e completa um ano que venho me expondo nestas páginas elétricas. Talvez tenha sido a melhor coisa que fiz, pois já passam de cinco mil as visitas aqui recebidas. Sinto-me como se recebesse em minha casa todos vocês meus leitores amigos. São, em média, mais de trinta visitas por dia.

Assim fecho os meus 62 anos com uma boa notícia: é que o livro do meu poeta e amigo Pedro Maciel, atravessou o atlântico, passou as colunas de Hércules, entrou pelo rio Tibre e aportou nas boas graças da Roma ocre de Murilo Mendes, que amava a Itália, que amava Pedro, que não queria mais ser Deus.

Dio era brasiliano
Scritto da
Silvia Marianecci • 15 gennaio 2010 •

Tempo, vita, morte, natura umana, Dio, tempo, memoria, conoscenza, tempo, ancora Dio, essere, oblio, pensiero, ancora il tempo e ancora Dio, sono i leitmotiv che caratterizzano il romanzo «Como deixei de ser Deus» (Come ho smesso di essere Dio) pubblicato da Topbooks nel 2009.
Un amalgama onirico, lirico, ed erudito di frammenti di riflessioni, di stralci di citazioni e di aforismi (spesso incompleti), massime ed epigrammi apparentemente accozzati tra loro ma che invece rispondono al disegno ben preciso di costruire con originalità e ironia la fragile e complessa architettura del pensiero umano, di fronte ai propri interrogativi e alle sue infinite contraddizioni. Un gioco raffinato di stile quello dello scrittore mineiro Pedro Maciel, dove la poesia si intreccia alla prosa e alla speculazione filosofica e dove l’io narrante si sdoppia in una molteplicità di voci che, mentre alludono alla crisi di una visione totalizzante e univoca, fanno anche da coro al racconto della presa di coscienza dell’individuo della sua natura umana, finita e limitata.
Il narratore smette di essere Dio e si riconosce umano e mortale; mettendo in discussione i dogmi della civiltà cristiana e occidentale egli punzecchia la sensibilità del lettore senza tuttavia pretendere di fornirgli delle risposte. La complessa e frammentaria architettura verbale e concettuale di «Como deixei de ser Deus», lungi dal voler assumere quell’autorevolezza caratteristica del discorso teologico, filosofico o estetico, e modulata invece dal ritmo pacato di una graduale presa di coscienza, è tutta incentrata sull’intertestualità e la polisemia e rompe arbitrariamente con il compromesso formale del genere romanzesco confermando ancora una volta lo stile originalissimo di questo scrittore e giornalista di Belo Horizonte, autore già di «A hora dos naufragos», (Bertrand 2006). (In Italia Pedro Maciel ha partecipato alla raccolta «Il Brasile per le strade» con il testo Cimitero di uccelli, edita da Azimut nel 2009).

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

FILMES DE CINEMA

Encontrei na Internet alguns longas-metragens interessantes de ver. Alguns geniais e outros divertidos. Vale à pena e é tudo grátis! Divirtam-se e vejam como os filmes eram bem mais interessantes...

The Killers - EUA 1946 com Burt Lancaster, Ava Gardner, Edmond O’Brien. Diretor: Robert Siodmak
http://dvdworld.com.br/vod/CC21442/

Hiroshima Mon Amour - França / Japão 1959 com Emmanuelle Riva, Eiji Okada, Stella dassas, Pierre Barband. Diretor: Alain Resnais
http://dvdworld.com.br/vod/CO21882

L’Année Dernière A Marinebad - França 1961 com Giorgio Albertazzi, Delphine Seyrig, Sascha Pitoeff. Diretor: Alain Resnais
http://dvdworld.com.br/vod/co21958

The Naked Kiss - EUA 1964 com Constance Towers, Anthony Eisley, Michael Dante.Diretor: Samuel Fuller
http://www.dvdworld.com.br/vod/nakedkiss.htm

The Gay Divorcee - EUA 1934 com Fred Astaire, Ginger Rogers.Diretor: Mark Sandrich
http://www.dvdworld.com.br/vod/alegredivorciada.htm

Le Passager de la pluie - Itália / França 1970 com Marlène Jobert, Charles Bronson, Annie Cordy, Jill Ireland. Diretor: René Clement
http://dvdworld.com.br/vod/o_passageiro_da_chuva/

Le Bonheur - França 1965 com Ricard Christensen, Christian Engelstoff, Hallander Helleman, Halvard Hoff, Jon Iversen, Jacoba Jessen. Diretor: Agnés Varda
http://dvdworld.com.br/vod/le_bonheur/

L’Uccello dalle piume di cristallo - Italia, Alemanha 1969 com Tony Musante, Suzy Kendall, Eva Renzi, Enrico Maria Salerno. Diretor: Dario Argento
http://dvdworld.com.br/vod/passaros_720.htm

Per um Pugno di Dollari - ITALIA – 1964 com Clint Eastwood, Marianne Koch, John Wels, W.Luschy, S.Rupp, Joe Edger. Diretor: Sergio Leone
http://www.dvdworld.com.br/vod/punhado.htm

Papillon – USA – com Steve MacQueen, Dustin Hoffman. Diretor Franklin Schaffener
http://www.dvdworld.com.br/vod/papillon.htm

Yojimbo – Japão – com Toshiro Mifune – Diretor – Akira Kurosawa.
http://www.dvdworld.com.br/vod/yojimbo.htm

Escape for Forte Bravo – USA – com William Holdem , Eleanor Parker – Diretor: John Sturges
http://www.dvdworld.com.br/vod/a_fera.htm

domingo, 10 de janeiro de 2010

Toda invenção é uma descoberta

Paisagens Imaginárias – O Filme

Quando Villa-Lobos compôs suas célebres Bachianas, não estava nem de longe pensando em fazer música da Baviera no Brasil; o objetivo dele, segundo suas próprias palavras, era o de “trazer a universalidade do gênio de Bach para um passeio pela paisagem e a cultura brasileiras”. Ou seja, ele queria fazer, e fez, música brasileira inspirada nas essências mesmas com que Bach – eleito por Villa-Lobos como mestre e guia espiritual do ambicioso projeto a que se propôs -, realizou toda a sua obra: as expressões sublimes da arte espontânea e original com que os povos se manifestam universalmente, por suas particularidades e diversidades.

Foi com semelhante espírito que a bailarina e coreógrafa Izabel Costa e este roteirista elaboraram e realizaram o espetáculo de dança Paisagens Imaginárias: trazer a universalidade das geniais e revolucionárias descobertas de Isadora Duncan e John Cage para um passeio pelo Brasil e, a partir delas, fazer dança brasileira.

O sucesso artístico da empreitada, sem a pretensão de compará-lo ao do nosso maior compositor, pode ser em boa parte conferido na interpretação cinematográfica do espetáculo que só um cineasta como José Sette, senhor de uma fecunda experiência na abordagem de temas audaciosos das vanguardas artísticas nacionais, poderia conseguir (ou conquistar). No caso, trata-se de uma obra de dificílima fatura em qualquer condição de trabalho, mais ainda naquelas em que a nossa produção cultural subdesenvolvida costuma propiciar às realizações de cinema independente. Trazer para a tela, em linguagem de cinema, um espetáculo cênico sempre foi um desafio e são poucos os resultados bem sucedidos em tal intento.

O segredo de José Sette, na opinião deste roteirista, está na fluência com que ele transita nos processos criativos de qualquer natureza, em particular os mais avançados e mais arriscados, e na facilidade com que, através de suas lentes, se incorpora a tais processos em que se envolve com se fossem parte dele, sem perda da qualidade de cineasta autoral, da qual nunca abre mão. Ou seja, graças à Deus, José Sette não é um especialista em registros de acontecimentos artísticos, apesar de sua filmografia ser talvez a maior neste mistér de todo o cinema brasileiro. É um cineasta que tem predileção pelas sendas perigosas da criação artística nas mais diversas expressões de linguagem, com certeza porque estas lhe provocam, antes de tudo, como neste caso também, fazer cinema.

Mario Drumond
Roteirista de Paisagens Imaginárias

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Poema

ATO DA CRIAÇÃO Um poema musical de 1980 para ser lido e cantado de diversas maneiras...

Quantum belo - Quão és cantando
Canta passarinho canta - Contos do amanhã
Eu vou cantar - Outros cantos
Em outros cantos - Inusitados cantam
Canto de um rio - Quantas mentiras
Cantos da mata - Canta aos poucos
Onde canta o sabiá - Todos os tontos
Quanto chorinho - Julgam cantar
Canta você - Canta passarinho canta
Canto da gente -Tudo que falta contar
Cantos da casa - Canta o atrevido
Contos de fada - Canta o bandido
Quanta terra - Canta e afina
Contra o mar - O velho guerreiro
Contra a natureza - Canta o violeiro
Quantos contos - Canta o aprendiz
Canta o poeta - Canta a menina
Quanta tristeza - Canta o amigo
Canta a juriti - Cante comigo
Canta o canarinho - Essa canção
Canta o galo garnisé - Canta a viola
Canta quem pode cantar - Contra a vitrola
Canta quem sabe o que é - Canta quem conta
Canta o fado - O que sabe cantar
Quanta riqueza - Conta passarinho conta
Canta as minas - O que é preciso contar.
Enquanto a luz canta - Canta o sol
O fim do dia - Canta a lua
O amanhecer - Canta você
A noite escura - Na minha rua
Canta o mar - Cantando o seu pranto
Cresce a maré - Ao amanhecer
Espalma a pedra - Ao anoitecer
Sofre quem quer - Canta passarinho canta
Pois quem canta - Em cada canto
Seus males espantam - Quanta tristeza
Canta o branco - Traz o seu canto
Canta o índio - Canta a sereia
Canta o negro - No mar azul
Cantam todos os pássaros - Canta o barqueiro
De terras mil - De norte a sul
Canta o povo - Canta o baião
Com voz febril - No coração
Todo esse enredo - Canta o violão
Toda beleza - O samba canção
Da natureza - O que ainda falta cantar
Do meu Brasil - Canta o perdão
Quanta saudade - Cantando ou não
Conto contigo - O cruzeiro de luz
Canta passarinho canta - Dessa arte milenar
Canta amigo - Não estamos sozinhos
A estrela a brilhar - Nesses velhos caminhos
O céu estelar - Só nos resta esperar
A alma que encanta - O novo que já vai chegar.
O universo infinito - Canta passarinho canta

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Yeyo Llagostera produtor de cinema no Brasil

Locura de vivir narra la increible historía de Yogo LLagostera, un español millonario que derrochó su fortuna viviendo la vida y que tras arruinarse resurgió de sus propias cenizas. Su historía nos presenta una galería de singulares personajes del ámbito cultural, potítico y social que formaron parte de su vida, durante sus continuos viajes alrededor del mundo. El final de sus aventuras se centra en Marbella, ciudad emblematica del lujo y la jet set internacional, donde LLagostera forma parte del famoso grupo los Chorys, absolutos protagonistas de la época dorada marbellí.

Não li o livro do meu amigo, produtor do meu filme Bandalheira Infernal, 1975, Rogelio Llagostera. O espanhol-catalão mais interessante, mais anti-sistema, mais anti-mundo, mais anti-esquerda, anti-direita, anticlerical, que eu conheci.
Nascido em berço de ouro, filho de uma família proprietária de uma indústria farmacêutica na Espanha, ele, embora riquíssimo, era um inconformado com o seu tempo. Queria transformar o mundo em que vivia. Não queria freqüentar mais os palácios, nem a aristocracia que ele por certo desprezava. Inteligente e polemista queria entrar para o grupo revolucionário basco ETA, mas não conseguiu ser aceito.
Por pressão da nobre família assustada, querendo ver-se livre do filho rebelde, recebe uma polpuda mesada, e, ainda jovem, passa a viajar pelo mundo, gastando como um rei a sua herança, a sua fortuna.
Eu o conheci através de um amigo comum, um sujeito refinado que tinha como apelido o formidável título de Barão.
Foi esse espanhol das arábias que me presenteou com um pouco do dinheiro que ele estava disposto a queimar. Mas para mim já era o suficiente para completar o meu sonho de adolescência: realizar o meu primeiro filme.
Um dia estava em casa, no Alto da Boa Vista, quando recebo um telefonema da Espanha me informando que ele, El louco, estava chegando de volta ao Brasil com minha encomenda... Minha encomenda?...
Fui até o seu apartamento na Lagoa e lá estava a minha encomenda aberta na sala – um moderno equipamento de cinema - câmera Arriflex 35mm completa – som direto - Nagra IV cristal – tudo em sincronismo com o que eu havia de brincadeira, um dia, lhe encomendado..O meu sonho estava a um passo de ser realizado... E ainda me deu de sobremesa a notícia que abriríamos uma produtora e seu primeiro projeto seria produzir o meu primeiro filme e que ele havia lido o roteiro e gostado muito – disse-me que queria ser o ator e faria o papel do espanhol no filme...
Esse cara não era um homem, era um deus!
Ele era no momento histórico do pesadelo que o nosso país vivia aquele que me permitia voar, ser livre e sonhar o impossível.
Para um jovem apaixonado por fotografia, vivendo em um país subdesenvolvido, em regime de ditadura militar, imaginar que um dia pudesse fazer o seu cinema de arte, era realmente um sonho impossível. Mas Rogelio Llagostera acreditou e apostou no sonho daquele garoto que conheceu do outro lado do mundo.
Rodei com esse equipamento todos os meus filmes feitos em película 35mm. Todos! Quer dizer: se não fosse este estrangeiro, vindo de longe, da alta burguesia européia, eu não teria feito cinema no Brasil. Essa é a mais pura e triste verdade.
Vejam vocês qual era a nossa primeira produção: um filme chamado O Navio Fantasma. A história e o roteiro, escritos por mim, retratavam um espanhol e um português que naufragavam na costa brasileira, na época do descobrimento, e, por acharem que estavam em uma ilha, penetram pelo continente tropical até atingirem a civilização Inca, do outro lado da cordilheira, no oceano pacífico. Magicamente, no fim da longa viagem, tinham avançado quatrocentos anos, chegando à realidade do nosso tempo na cidade de Santiago do Chile.
Abrimos uma produtora em Ipanema, na praça N. S. da Paz. - a Lagos filmes. Tudo ia muito bem – o nosso projeto em andamento. Chegamos a começar as filmagens do épico de longa-metragem, na Bahia, mas tudo deu pra trás.
Naquele ano Yeyo já estava namorando a sua mulher brasileira, futura mãe dos seus filhos e por uma brincadeira de mau gosto do intrépido Barão, em uma noite mal dormida, na sua ausência... Foi uma cagada no ventilador da produção. E também por um defeito na câmara, que antes de viajarmos tinha sido alugada contra a minha vontade, não demos continuidade no projeto. Tudo ia acabar em uma tragédia espanhola se não fosse o espírito anárquico e aventureiro de Rogelio, que tudo superou com firmeza e bom humor.
Mas o meu sonhado primeiro filme foi perdido nas águas da Bahia de todos os santos.
Em 1986, quando fui exibir o meu filme 100%Brazileiro no Festival de Berlim, passei por Marbelli, na Espanha e ele foi me receber no aeroporto com sua mulher.
Fiquei na sua belíssima casa, em uma colina de onde podia se observar todo o mar do Mediterrâneo. Foi uma semana de aventuras. Ele nos levou na sua limusine preta até Madri, passando lentamente por recantos belíssimos do interior da Espanha. Tenho tudo isso registrado em VHS e um dia vou editar.
Essa foi a última vez que o vi. Nunca mais consegui falar com ele...
Se alguém sabe onde ele se esconde atualmente, me passa o endereço, telefone, email, qualquer coisa, para que eu possa novamente desfrutar deste grande personagem dos contos e das lendas espanholas. Olé!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

95 anos atrás

Para abrir o ano com o amor passado. O parnasiano Emilio de Meneses, encontrou a minha avó Zinha Sette Câmara no Rio de Janeiro e, apaixonado, escreveu para ela uma quadrinha que tenho comigo guardado:

Zizinha
é um nome pequenino e altivo,
que de tudo que é grande tem a palma,
Pois que este nome assim diminutivo,
é aumentativo da grandeza d`alma.

Emílio de Meneses 1915
Emílio Nunes Correia de Meneses nasceu em Curitiba, Paraná. Jornalista e poeta, foi eleito para a Academia brasileira de Letras mas faleceu antes de tomar posse. . Escreveu sonetos e poemas satíricos tão mordazes que o comparavam a Gregório de Mattos. Considerado boêmio e excêntrico para os padrões da época.

Obras publicadas: Marcha fúnebre - sonetos – 1892; Poemas da morte -1901; Dies irae - A tragédia de Aquidabã – 1906; Poesias – 1909; Últimas rimas – 1917; Mortalha - Os deuses em ceroulas - reunião de artigos, org. Mendes Fradique – 1924; Obras reunidas – 1980.


NOITE DE INSÔNIA

Este leito que é o meu, que é o teu, que é o nosso leito,
Onde este grande amor floriu, sincero e justo,
E unimos, ambos nós, o peito contra o peito.
Ambos cheios de anelo e ambos cheios de susto;

Este leito que aí está revolto assim, desfeito,
Onde humilde beijei teus pés, as mãos, o busto.
Na ausência do teu corpo a que ele estava afeito.
Mudou-se, para mim, num leito de Procusto!...

Louco e só! Desvairado! A noite vai sem termo
E, estendendo, lá fora, as sombras augurais.
Envolve a Natureza e penetra o meu ermo.

E mal julgas talvez, quando, acaso, te vais,
Quanto me punge e corta o coração enfermo,
Este horrível temor de que não voltes mais!...


(Poesias, 1909.)