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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Garrafas do Tempo


DIAMANTINA Fotografia de Mario Drumond

HOMENAGEM

Ao professor Jose Tavares de Barros
a minha gratidão pelo belo texto crítico “Reaparece em Minas o braço direito
de Cendrars” Sobre Um Filme 100% Brazileiro, escrito para revista FilmeCultura em março de 1985

Aquele Rapaz
Londres 1970

Nasceu osso duro de roer - suposto delito
deleite de poucos sabores
branca luz nos seus seios a lambuzar coisas pequenas
nasceu sorrindo e depois chorou
o charme discreto enlameado na fazenda dos Barros
nas obras menores do divino
em sangue e areia
nasceu contradição e descaso
televisão desligada
antena quebrada pela força dos ventos
nasceu sombra que rodeia o meio-dia
explodindo luz no pensamento
do caos colérico a alegria
nasceu parabólico das imagens
por todos os lados envergado
buscando o saber como ser alado
buscando o sol massacrado de necessidade
néscio do amor - louco de viver
da porta negra sem casa
navegando no nada
afogando-se no ser para vir a ser
nasceu só como um sonho natural
sem choro onde se acorda sem querer
nasceu do pó
e simplesmente pode ao pó
retornar
ex interno pó
nasceu pérola inocente fabricada de plástico
dada as mulheres indesejáveis
trapo sujo no pescoço social
nasceu maldito correndo atrás da vida
pensava ser alguém
ninguém deixa hoje de ser
nasceu como um anjo louco barroco das catedrais portuguesas
criatura de chaga e gozo - semideus vivo do fogo
aquele que passa pelos portais do inferno rindo da ironia
que atrai e conduz ao retorno antes de finalmente morrer

nasceu católico ao lado dos Pais aquele rapaz
ateu e sem fé que só no último instante do eterno final
finamente observa no céu enfraquecido o velho satanás

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Festa Brasileira


No link Bazar você pode ver a obra completa.

BOI TEMPO


Lá pelos idos de 1963 eu estava no auditório da Faculdade de Engenharia de Belo Horizonte onde assistia a uma palestra do Carlos Heitor Cony. A platéia basicamente composta de jovens estudantes estava apinhado. No auditório pairava o silêncio. Todos nós estávamos atentos e interessados no que o simpático Cony nos dizia. Mas, súbito, levantando-se no meio de um grupo de estudantes mais velhos, um rapaz alto, de gestos largos, passou a questionar, com segurança e boa oratória, o ainda jovem Cony, que estava sentado em uma cadeira no palco. Não me lembro da polêmica que veio depois, mas lembro-me bem da simpatia que tomei daquele rebelde e audacioso rapaz. Assim, quando tudo acabou, fui procurá-lo. Este estudante foi o único em mil que não aceitou em silêncio as afirmações estéticas, filosóficas e políticas do ilustre palestrante, pensava eu caminhando em sua direção. Ele estava cercado de amigos eufóricos com a polêmica criada. Assim que cheguei perto cumprimentei a todos, mas ele não me deu muita atenção, insisti e lhe mostrei um livro/revista que guardava para uma amiga. Ele se aproximou e me disse: - Esta é a melhor revista editada em Minas. Leia com atenção e depois me procure e saiu com seus amigos em festa. Fiquei decepcionado. O tempo passou, Outro dia arrumando e separando alguns livros que estavam empoeirados nas minhas empenadas prateleiras, manuseei alguns livros que gostaria de reler e outros que não me lembrava de haver lido. Um desses livros que estava desmilinguido no último andar da estante ativou num estalo a minha exausta memória. Foi a sua visão que me fez lembrar essa história contada. Mas nunca havia aberto as suas páginas. Peguei e abrir com curiosidade o exemplar e qual não foi a minha surpresa com seu conteúdo: MURAL 1960 – ano 7 – n.° 4 – abril de 1960. Revista do D.A. da Faculdade de Filosofia da U.M.G. – Edifício Acaiaca – 19.° andar. Redator-chefe: Affonso Romano de Sant`Anna – capa: Newton Silva.
O rapaz questionador era o poeta Affonso Romano, e esta revista/livro que foi criada em 1954, só ressurgiu no cenário acadêmico com a sua decisiva participação.
Nesta edição, repleta de bons ensaios e alguns poemas, eu destaquei um poema do Affonso Romano que aqui retranscrevo: – A Pesca – o anil / o anzol / o azul - o silêncio / o tempo / o peixe - a agulha / vertical / mergulha - a água / a linha / a espuma - o tempo / o peixe / o silêncio - a garganta / a âncora / o peixe - a boca / o arranco / o rasgão - aberta a água / aberta a chaga / aberto o anzol - aquelíneo / ágil claro / estabanado - o peixe / a areia / o sol.
Naquele boi tempo a juventude, na sua maioria, corria atrás do saber, detestava a ignorância, o servilismo e mergulhava de corpo e alma nas transformações políticas e culturais que o país precisava fazer.
Ai veio o golpe militar e a vaca foi pro brejo...

TRILOGIA DA SEPARAÇÃO


Estou procurando uma editora para o meu livro de estréia “TRILOGIA DA SEPARAÇÃO” que está sendo revisado pelo competente músico, escritor, professor, Fredera. Livro que tenho certeza que será um sucesso de público e crítica.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Festa Brasileira

"As mulheres são como pequenos vasos de cristal transparente.
Nós é que lhes pomos a tinta da ilusão e as vemos azuis,
rosas ou verdes, conforme o estado d’alma.
Para perdoar e amar a mulher serenamente,
é preciso retirar a tinta.
Poderemos então ver
através o céu e tudo o mais".

JOÃO DO RIO

domingo, 25 de janeiro de 2009

Festa Brasileira



Têmpera sobre papel



ARTE DE FURTAR

Neste momento em que o mundo caminha inexoravelmente para o abismo econômico é hora de observar o pensamento debochado dos trechos escolhidos de um clássico da literatura muito pouco conhecido do leitor brasileiro. A sua primeira edição se deu no ano de 1652 em Amsterdã. João Ribeiro no seu estudo crítico acerca deste livro reeditado por Garnier em 1907 diz que sempre se considerou ao Padre Antônio Vieira a paternidade da Arte de Furtar.

Espelho de Enganos, Teatro de Verdades
Mostrador de Horas Minguadas

Ab Unguibus leo

Diz o provérbio:
- Pelas unhas se conhece o leão; eu digo:
- E pelas mesmas se conhece o ladrão.

Como para furtar há arte, que é ciência verdadeira.
As artes, dizem seus autores, são emulações da natureza: E dizem pouco; porque a experiência mostra que também lhe acrescentam perfeições.
Deu a natureza ao homem cabelo e barba para autoridade e ornato; e se a arte não compuser tudo, em quatro dias se fará um monstro. Com arte faz o escultor do tronco inútil uma imagem tão perfeita que parece viva. Com arte tiram os cobiçosos das entranhas da terra e centro do mar, a pedraria e metais preciosos que a natureza produziu em tosco e aperfeiçoando tudo, lhe dão outro valor. Não perde a arte seu ser por fazer mal quando o faz bem e a esse mesmo mal que professa, para tirar dele para outrem algum bem, ainda que seja ilícito. E tal é a arte de furtar, que todas se ocupam em despir uns para vestir outros.

Con arte y con engãno, vivo la mitad del año: Y con engãno y arte, vivo la otra parte.

Se os ladrões não tiverem arte busquem outro ofício; e quando os vejo continuar no ofício ileso, não posso deixar de o atribuir à destreza de sua arte que os livra até da justiça mais vigilante, deslumbrando-a por mil modos, ou obrigando-a que os largue e os tolere; porque até para isso tem os ladrões arte. Assim se prova que há arte de furtar, e que esta seja ciência verdadeira.

Como a arte de furtar é muito nobre.
Mais fácil achou um prudente que seria acender dentro do mar uma fogueira, que espetar em um peito vil fervores de nobreza. Contudo, ninguém me estranhe de chamar nobre a arte cujos professores por leis divinas e humanas são tidos por infames. A nobreza das ciências colhe-se de três princípios: o primeiro, é o objetivo ou a matéria em que se ocupa; o segundo, as regras e preceitos de que consta; o terceiro, os mestres e sujeitos que a professam. Pelo primeiro princípio, é a teologia mais nobre que todas; porque tem a Deus por objeto. Pelo segundo, é a filosofia; porque suas regras e preceitos são delicadíssimos e admiráveis. Pelo terceiro, é a música; porque a professam anjos no céu e na terra príncipes. E por todos estes três princípios é a arte de furtar muito mais nobre; porque o seu objeto e a matéria em que se emprega, é tudo o que tem nome de precioso: as suas regras e preceitos são sutilíssimos e infalíveis e os sujeitos e mestres que a professam, ainda o mal, são os que mais prezamos, os mais nobres senhores.
Não pode haver maior desgraça no mundo que converter-se a um doente em veneno a triaga que tomou para vencer a peçonha que o vai matando, é fortuna muito mal de sofrer. E tal é que acontece em muitas repúblicas do mundo e até nos reinos mais bem governados, os quais para se livrarem dos ladrões, que é a pior peste que os abrasa, fizeram varas, que chamam de justiça, isto é, meirinhos, almotaceis, alcaides; puseram guardas, rendeiros e jurados; e fortaleceram a todos com provisões, privilégios e armas, mas eles, virando tudo do carnaz para fora, tomam o rasto às avessas, e em vez de nos guardarem as fazendas, são os que maiores estragos fazem nelas; de sorte não se distinguem dos ladrões que lhe mandam vigiar, em mais senão, que os ladrões furtem nas charnecas e eles, os nobres, no povoado.
Dos leões contam os naturaes, que de tal maneira faz suas presas, que juntamente as defende e que lhes não toque nenhum outro animal, por fero que seja! Ladrões há piores que estes animais, e são como eles os poderosos. Todos são como os leões; que não deixam que os outros animais se cevem na sua presa. Não admitir companhia no trato de que se pode tirar proveito, é ambição e é interesse, a que podemos dar o nome de furto.

Que quien todo lo quiere todo lo pierde.

Ofereceu-se o chimango à galinha para ser seu enfermeiro em uma doença e em cada visita lhe mamava um pinto pela calada, até que a galinha se deu fé, pela diminuição de sua família, que a mercê que lhe fazia o seu médico, tinha mais de furto que de misericórdia.

Dos que furtam com unhas reais.
Quando Alexandre Magno conquistava o mundo, repreendeu a um corsário por andar infestando os mares da Índia com seus dez navios. O corsário respondeu-lhe discreto: - Eu, quando muito, dou alcance e saco a um ou dois navios, se os acho desgarrado por esses mares; e vossa alteza com um exército de quarenta mil homens, vai levando a ferro e fogo toda a redondeza da terra, que também não é sua: Eu furto o que me é necessário, vossa alteza o que lhe é supérfluo. Diga-me agora, qual de nós é maior pirata, e qual merece melhor essa repreensão?

Dos que furtam com unhas temidas.
A Excelência é de todas as unhas a que deve ser mais temida, e tanto mais quanto mais fero é o animal que as maneia. Quem há que não teme as unhas de um tigre assanhado e as garras de um leão rompente? Até as de um gato teme qualquer homem de bem, por valente que seja, quanto mais as de um ladrão que escala o que mais alto se guarda, e o que muito mais se estima. Temidas, pois são todas as unhas militares, porque as acompanha a potência e a violência das armas fulminando favor. Contudo, armas ofensivas nas mãos de um pigmeu não as temem; e há soldados pigmeus que não passam de formigueiros; livre-nos Deus das que movem gigantes!
E assim são as suas unhas tão agigantadas, que nada lhes para adiante e por isso, com razão, todos as temem e tremem.
Toda unha que arranha, é aguda; e toda a unha que furta, arranha até o fundo do ser: logo todas as unhas que furtam são agudas. Bom está o argumento, e bem conclui o silogismo. Mas falo dessa agudeza pela sutileza com que alguns furtam, sem deixarem rasto, nem pegadas de que lhes pegue.
Unhas bentas parecerá coisa impossível, porque todas são malditas e peçonhentas, como as dos gatos. E entre tantas unhas não há dúvidas que há algumas bentas, não porque tirem almas do purgatório com perdão das contas bentas; mas porque lançadas as contas, laçando benções e apoiando virtudes, e chamando misericórdia e amores de Deus, purgam as bolsas que encontram.
A raposa, quando salteia um galinheiro faminta, ceva-se bem nos primeiros dois pares de galinha que mata: e como se vê farta degola as demais, e vai-lhes lambendo o sangue. São como as sanguessugas, que chupam até que arrebentam.
A máxima desta arte é que todo ladrão seja diligente e apressado, para que não o apanhem com o furto na mão.
Com tudo isso, há unhas que em serem vagarosas tiram o máximo de seu proveito: São como o fogo lento, que por isso mesmo se sente, e melhor se ateia.
Do áspide escrevem os naturaes que morde e mata com tamanha suavidade que não se sente; e por isso Cleópatra escolheu essa morte, enfadada da vida, pelo repúdio de Marco Antônio.
Tais são as unhas insensíveis. Tiram a vida aos reinos mais robustos, e esgotam a alma aos tesouros mais opulentos, com tamanha suavidade que não se sentem o dano, se não quando está tudo morto.
Ver o mal, antes que chegue, é grande bem para escapar dele: Mas o raio, que não se vê, a bala que não se enxerga senão quando vós sentis ferido, são males irremediáveis.
Mais unhas há; mas as que temos visto neste tratado, bastam para as conhecermos todas e para entendermos quão perniciosas e desarrazoadas são.



FOTOS DA BELA MULHER E EXTRAORDINÁRIA ATRIZ

MARIA GLADYS EM LONDRES.




sábado, 24 de janeiro de 2009

Festa Brasileira


AMAXON

Já está definitivo na Internet,
o trailer do meu novo longa
metragem intitulado Amaxon
com Vera Barreto Leite e
Otávio III.

Assistam!

http://video.google.com/videoplay?docid=-9048805111654506440&hl=pt-BR

100% PHOENIX

Isabel Lacerda e Fabio Carvalho me dedicaram um curta-metragem de grande valor criativo, poético, cinematográfico. Fiquei emocionado pela qualidade da fotografia, da trilha e das performances de Isabel e do anão Charles de Velásquez , o big cozinheiro da arte. Não por ser dedicado aos três estilos de cinemas que eu faço: um é informal, misterioso e documental - a verdade em duelo com a mentira: Um Sorriso; 100%, O Rei do Samba. O outro é conceitual, feito das misturas das cores que se espalham pelas imagens respingadas da luta entre a prosa e a poesia cênica: Eu e os Anjos, Janela do Caos, Labirinto, o terceiro é manifesto de abstração poética em contraste com o delírio da prosa: Amaxon, Liberdade, Ver tigem, Encantamento, etc... O filme traz nos seus significantes todo o meu cinema em alguns minutos... Só tenho que agradecer. Mas as imagens que acabo da assistir fazem-me ressurgir da minha própria cinza. Tenho vontade de gritar: - Isto é mais que um vídeo, mais que um filme, é o mais belo dos cinemas!


ESTES SÃO OS LIVROS
QUE ANDO LENDO














A dança como arte da alegria,
da revolução e da liberdade.

Revendo todos os meus filmes, que já foram digitalizados e tentando transformá-los em outros arquivos que possam ser exibidos na internet, revivi quatro momentos dignos de nota. Posso até dizer que fui audaz no registro cinematográfico dos movimentos espetaculares de um corpo em equilíbrio entre a liberdade, a música e sua harmonia. Foram quatro encontros fílmicos com a dança como objeto de arte e de cena nos temas das minhas composições cinematográficas. No primeiro, que já está disponível no link KINEMA, intitulado Encantamento, vejo a dança das etnias, a dança brasileira, que retrata a miscigenação das três raças tristes através da música do genial Camargo Guarnieri, coreografada e bailada, de maneira única, pela talentosa bailarina Izabel Costa. Este primeiro encontro foi para mim a descoberta de um novo mundo, onde a liberdade misturada ao que é belo se apresenta com alegria propondo uma revolução cênica de multiplicação dos intérpretes – o um em todos. Trucagem! Só Izabel e o Mario poderiam imaginar tamanha ousadia. O segundo, o próximo a ser publicado neste blog, é sobre o poeta Murilo Mendes, Janela do Caos, onde também Izabel Costa cria a atmosfera modernista da dança para o jovem poeta do transistor e do serrote, com grande competência e saber. O terceiro, o mais mineiro de todos, Labirinto de Pedra, sob o velho Pedro Nava, é também Izabel que nos presenteia com um espetáculo de ninfas gregas bailando nos salões do Automóvel Clube de BH. Um momento raro e inesquecível para todos nós ali presente. Mas o quarto movimento é um momento quase indescritível. Pois ele é monumental como espetáculo e singelo em toda a sua beleza plástica. Grandioso na sua concepção cênica e inocente, puro, nas suas complexas coreografias, é uma revolução na arte de dançar e de interpretar a música. Falo do espetáculo Paisagens Imaginárias, uma homenagem de Izabel Costa e do Mario Drumond a John Cage e Isadora Duncan. Coreografado e dirigido por ela, escrito e produzido por ele e registrado, sob minha direção, Paisagens Imaginárias é hoje um precioso documento audiovisual sobre a dança e a música da vanguarda mundial. Enfim, em todos esses momentos que foram importantes na realização de minha obra cinematográfica, lá estavam três personagens, três guerreiros de muitas histórias contadas: Izabel Costa, Mario Drumond e o sensível artista da tela, do pincel, da precisão, do equilíbrio e dos segredos das técnicas, dos mistérios das cores, da mais pura luz a mais vazia e profunda sombra escondida no traço forte de seus desenhos, criador de uma obra extensa que eu muito admiro. Falo do amigo e artista Fernando Tavares. Como poderia esquecê-los na abertura desse meu pequeno espaço eletrônico dedicado ao movimento? Dedicado à cultura e a arte de se fazer o bom espetáculo da vida?

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009



NOTICIA

dia 27 de janeiro - terça feira - 21h
FESTA DA ARAKA
artes plásticas - cineclubb - moda - performance - show
CLUB 00 - GÁVEA
...falta dizer que é meu aniversário
e que gostaria de ver alguns de vocês
vou estar lançando um novo livro
comprando-o você me dá um presente e leva outro
TAVINHOPAES

Algumas Mensagens Recebidas

Beleza, JS, e parabéns pelo 17 cercado da fina flor do pensamento.
No +, breve chamada sobre o prometido trailer AmaXon e o Blog Kinoma foi inserida em Notas do www.rioartecultura.com Alexandros Papadopoulos Evremidis > escritor crítico > artista não pede licença - artista toma liberdades www.rioartecultura.com

Um privilégio estar próximo do seu cinema. Como disse Villa-Lobos: "Sim, sou brasileiro e bem brasileiro. Na minha música eu deixo cantar os rios e os mares deste grande Brasil. Eu não ponho mordaça na exuberância tropical de nossas florestas e dos nossos céus, que eu transponho instintivamente para tudo que escrevo". Assim é o nosso cinema, nosso teatro, nossa arte! Desde os folhetins não nos falávamos demos finalmente uma pequena pausa na saudade. Um abraço do Helio Zoline.

Oi zesete Posso colocar o link do seu blog no meu blog?
savio leite - www.mostramumia.blogspot.com

A todos,recomendo o blog do José Sette que está ficando muito bom. ...Sette, parabéns pelo feito, atualize-o sempre também com seus textos, pinturas e tudo mais que venha a fazer que caiba em um blog. E parabéns também pelo aniversário! Isabel Lacerda

Boa. é este o caminho de nós índios. ab. sérgio santeiro

Bacana seu blog Sette, qdo tiver mais tempo vou assistir os filmes... tb publico um blog, mais técnico, sou fotógrafo, chama-se CINEMATOGRAFIA http://adilsonnucci.blogspot.com/ se quiser dar uma olhadinha...!?abç Adilson Nucci

Muito bom! tea bonito. feliz aniversário. Depois eu visito com mais tempo e te falo. saudade. Abraço Xanxão

está ótimo seu blog, Zezinho, só tem um senão: como é que você vem ao Rio, convoca os amigos para uma reunião no Leme e não me convida? Porra, você, Tavinho, Neville, oscar, Emiliano, Gladys, etc e etc...uma multidão de gente na melhor qualdade pra encontrar o Zezinho, e o filho-de-uma-mãe não me deu um toque? Por castigo, Celacanto vai sair do mar e provocar um maremoto no seu copiode chopp...Abração p´ra você, Mano Melo


Caro José, Meu nome é Rodrigo, sou assinante da lista Cinema Brasil.
Primeiramente, foi um prazer acessá-lo, pois tive a oportunidade de conhecer momentos íntimos de figuras tão grandiosas, como você, a Maria Gladys que inclusive foi entrevistada pelo Jô Soares recentemente. O "Bigode" me disse outro dia que ela foi a primeira atriz brasileira a receber um prêmio em Berlim... achei incrível isso! eu gostaria de ler o livro que escreveu, e é claro assistir ao novo filme. Gosto muito do Wally Salomão e adorei o documentário que fizeram sobre a vida dele. Deve ter ficado interessante este aproveitamento de imagens de arquivo, misturado com outras fontes de captação digital. Olha, é bom que tenha voltado ao Cinema! a cinematografia de um artista raramente segue de uma forma muito linear, pois como você disse, haviam apenas os equipamentos pesados e de difícil acesso. Hoje com os equipamentos digitais, é possível produzir a baixo custo. É justamente o que pretendo fazer com outros amigos aqui em Belo Horizonte. Nós integramos um grupo artístico pelo qual iremos produzir e divulgar nossos filmes "caseiros". Uma coisa que me prendeu completamente a atenção, foi o curta-metragem "Peter Lund, O Homem de Lagoa Santa". Digo isto, porque toda a minha família paterna é de Lagoa San ta , Jaboticatubas e região. Desde pequeno escuto estórias sobre o "homem de lagoa santa" e sobre Peter Lund, etc. Sempre foi algo mágico para mim. Em 2000 comprei um livro que reli algumas vezes: "Nas Trilhas de Lagoa Santa" de Henrik Stangerup. Além desse romance, ele já escreveu para Cinema...
Parabéns pelo blog, outro excelente instrumento de comunicação. Visitarei com frequência. Um abraço, Rodrigo de Araujo.

Outras mensagens recebidas:

José Sette, querido parabéns pelo lançamento do filme "Amaxon".Cinema é a dança da luz, como muito bem disse Abel Gance.. abraçosempre,.Pedro Maciel PS: visitei o seu blog. Eu não tenho blog ou bloco de carvanal. (rs.rs.rs.)

entao Jose!... assisti o seu "filme" na internet...gostaria de comentar, mas como nao sou critico, ai vai o meu celular:...boa sorte; caio cesar caravelli


Oi Zé...Que bacana!Cara, estou com saudades de você! Como faço para lhe encontrar?Grande abraço. Flávio Ferraz

Prezado José Sette, Vi o filme. Me deixou bastante impressionado e emocionado com a situação da morte do artista e com a homenagem ao Décio Lopes..abraços...Flávio Cândido

Imagens não exibidas
Exibir imagens abaixo - Sempre exibir imagens do maristelarocha@terra.com.br
Grande Jose Sette, conheço e aprecio demais o Vertigem. Já estou curtindo, agora, na net. Obrigada pela lembrança! Com carinho e admiração, maristelarocha

Muito bonito, Sette. Poesia a um toque dos dedos.Abração,
Carlos A Mattos

Obrigado por incluir-me entre os destinat´rios de seu e-mail.Gostei mesmo da atmosfera de mistério. Saudações, Paul Altheim


Caríssimo José Sette, Como vai vc? Tudo bem?O que posso dizer sobre VER TIGEM senão que vc acertou em cheio, como sempre. Adorei! Parabéns! Vou divulgar onde e como puder.Quando poderemos vê-lo na tela grande? Abraços, Fernando Fiorese Furtado

domingo, 18 de janeiro de 2009


Têmpera sobre papel - Festa brasileira - 2008

NOTÍCIA

Ontem a noite encontrei com os meus amigos num bar a beira-mar no Leme. Foram me dar um abraço Oscar Maron, Neville de Almeida, Tavinho Paes, Otávio III, Marcos Zepelim, Ana Lucia Messias, Paula Gaetan, Lita Cerqueira, Maria Gladys e sua filha Maria Tereza, Ana Sette, Emiliano Sette, Ana Tavares, Damião Lopes, Cristiana Quartin, Angelo Sganzerla, irmão do meu saudoso amigo Rogério e minha companheira de 20 anos Raquel Andrade. Foi uma noite agradável e tranquila para um jovem de 61 anos de idade.











sábado, 17 de janeiro de 2009

Notícias

Hoje, dia do meu aniversário, estou colocando no link KINEMA os primeiros arquivos digitais dos filmes que ofereço aos amantes da sétima arte. Ficarei feliz se vocês remeterem aiguns comentários a respeito dos mesmos.

Notícias

Meus queridos amigos
vejam os novos filmes
que foram postados
nas ondas da internet.

VERTIGEM (Filme poético sobre o artista plástico Arlindo Daibert)
http://video.google.com/videoplay?docid=9205822902690251625

VER TIGEM II (documentário sobre as filmagens de Ver tigem)
http://video.google.com/videoplay?docid=-4402790614400391372&q=source%3A015146744966153190153&hl=pt-BR

FESTIVAL BERLIM 1987 (documentário sobre o Festival de Cinema)
http://video.google.com/videoplay?docid=1157734421108534123&hl=pt-BR

Divirtam-se...

domingo, 4 de janeiro de 2009

Por uma nova política cultural

No Brasil e em todo o mundo a juventude realizadora de arte que vem ocupando os espaços no disputado mercado da criação, se apresenta hoje como criadores de peças comerciais pretensamente “vendáveis”, a maioria feita a partir de clichês desgastados. Muitas vezes medíocres, de apelo fácil na vulgaridade e justificadas pela necessidade de “sobrevivência”, não passam da subserviência ao comum, do chulo, do que nada vale no vale-tudo da política globalizante imposta à cultura nacional, comandada pelo poder financeiro internacional. Moldam o jovem do primário ao ensino superior, eliminando sua identidade nacional, controlando sua mente, criando uma massa de seres que se satisfazem com o que de pior a vida pode oferecer.

No propósito de concretizar tais necessidades burguesas, que lhes são implantadas, estes jovens se posicionam sem ideologia e à distância de tudo o que é ético e nobre. Buscam, na verdade, os grandes negócios e faturar milhões de dólares com seus “produtos”, claro, sempre abaixo da crítica, do pior nível, e que eles acreditam como de grande aceitação popular. Não há entre os jovens a necessidade do novo, da busca do desconhecido, da renovação da linguagem criativa; uma única meta domina suas cabeças: vencer a qualquer custo, isto é, ser rico, ter sucesso e prestígio, nem que para isso seja preciso vender a alma ao demônio.Só que a arte de fazer e de realizar idéias compõe-se de muitos saberes e segredos que são inteiramente desconhecidos por essa juventude.Nos países em que os governantes se preocupam com a construção da identidade nacional de seu povo, que promovem a realização e a exibição do seu patrimônio cultural, as leis incentivadoras de apoio financeiros são ferramentas necessárias à existência de uma indústria cinematográfica identificada com os interesses nacionais. Porém, no nosso caso, se faz urgente questionar nossos governantes quanto à política de fortalecimento da arte brasileira que está em curso.Um presidente, um ministro, um governador, um prefeito, um revolucionário da liberdade, que queira mudar as regras do jogo, com duas boas canetadas pode resolver muitos impasses e contradições que afloram diante de todos a olhos vistos.Basta um ministro comprometido com o novo, criar, com o apoio dos governos estaduais e municipais, por todo o país, os Centros de Estudo, Exibição e Desenvolvimento da Identidade Brasileira. Entidade que teria o estatuto de uma universidade aberta, onde a juventude poderia se comunicar, se conhecer, debater, exibir vídeos, filmes e fazer apresentações de teatro, música, poesia, artes plásticas, etc., junto com artistas veteranos convidados, no sentido de renovar a nossa cultura e discutir o nosso país.Basta o governo garantir ao menos a metade do mercado do espaço audiovisual de exibição e distribuição nos cinemas e televisões do país, a fim de escoar a produção nacional, que a nossa arte se sustenta, se produz, criando muitos empregos, prestigiando os nossos atores, músicos, escritores, diretores, os nossos artistas, porque a linguagem audiovisual é abrangente e acolhe com nobreza todas as artes.Em verdade estamos todos à venda e sinto que em bem pouco tempo todos os bons artistas, a nossa juventude, a resistência criadora e esquecida dos realizadores veteranos e históricos, estarão totalmente massacrados e sem trabalho.O silêncio imposto à vanguarda criativa é invadido pelo barulho oportunista dos cavaleiros de granada que nada podem e nada querem fazer.